Margarida III (Male, 13 de abril de 1350 – Arras, 16 de março de 1405) foi condessa da Flandres, de Nevers, de Rethel (como Margarida III) e de Artésia e condessa palatina da Borgonha (como a segunda de seu nome), e duas vezes duquesa consorte da Borgonha. Por sua mãe (Margarida de Brabante, filha de João III, Duque de Brabante), também era herdeira dos Ducados de Brabante e Limburgo.
Margarida era filha e herdeira de Luís de Male, conde de Flandres, de Nevers e de Rethel, e de Margarida de Brabante. Seu pai esperava um bravo menino, mas deparou-se com a pequena menina nos braços de sua mãe. Embora sua esposa pensasse que o conde ficaria bravo, ele se encantou pelos olhos da menina, que eram castanhos esverdeados.
Em 14 de março de 1357, aos sete anos, foi casada com Filipe I, Duque da Borgonha, de onze anos. Ele também era conde palatino da Borgonha e de Artésia e tornar-se-ia também conde de Auvérnia e de Bolonha.
Com 11 anos, Margarida enviuvou, e, uma vez que Filipe era o último homem de sua família, o Ducado da Borgonha foi herdado pelo rei João II da França. Em 1363, o ducado foi passado para Filipe, o filho mais novo do rei, que subsequentemente veio a desposar a duquesa viúva, em 19 de junho de 1369, em Gante. Anteriormente, ele fora duque de Touraine, e tornou-se depois conde de Charolais.
O casamento fora totalmente arranjado; nem ela e nem ele tinham grande atração, já que preferia ter casado com um inglês ou com um ibérico. Foi sua avó, Margarida da França, que persuadiu seu pai a fazer esse casamento. No dia-a-dia tratavam-se cordialmente.
Quando o pai de Margarida morreu, em 1384, ela e Filipe herdaram os Condados de Artésia, da Borgonha, de Nevers e de Rethel. Embora sua participação política fosse equivalente a nada, Margarida sempre estava sabendo do que se passa em Flandres.
Margarida morreu aos 54 anos, um ano depois de seu marido, e seu corpo foi sepultado na Colegiada de São Pedro de Lille
Margarida e Filipe II tiveram os seguintes filhos:
Em 1381, o castelo situado em Borgonha foi lhe dado pelo seu marido Filipe II, o qual Margarida decidiu reformar. Para isso, empregou o arquiteto Drouet de Dammartin, os escultores Jean de Marville e Claus Sluter, e o pintor Jean de Beaumetz, que no momento da reforma estavam trabalhando para o seu marido no Monastério de Champmol, na cidade de Dijon. Lá, a Duquesa plantou um grande roseiral, cujas pétalas eram enviadas à Flandres, na Borgonha, para a confecção de água de rosas. Também foi construído um curral para ovelhas, para a produção de lã, com o objetivo de contribuir com a economia de Flandres.
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