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Max Rée


Max Rée


Max Rée (Copenhague, 7 de outubro de 1889 — Los Angeles, 7 de março de 1953) é um diretor de arte estadunidense. Venceu o Oscar de melhor direção de arte na edição de 1932 por Cimarron.

Filmografia (selecionada)

  • The Private Life of Helen of Troy (1927)
  • Love and the Devil (1929)
  • The Gay Diplomat (1931)
  • White Shoulders (1931)
  • Cimarron (1931)
  • The Lost Squadron (1932)
  • A Midsummer Night's Dream (1935)
  • Stagecoach (1939)

Referências

Ligações externas

  • Max Rée. no IMDb.

Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Max Rée by Wikipedia (Historical)


Óscar


Óscar


O Óscar ou Oscar (do inglês: The Oscars) oficialmente chamado de Prêmios da Academia (português brasileiro) ou Prémios da Academia (português europeu) (do inglês: The Academy Awards), é uma cerimônia de premiação anual da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fundado em Los Angeles em 1927, que presenteia anualmente os profissionais da indústria cinematográfica. É considerado o prêmio mais importante do cinema mundial, com reconhecimento à excelência do trabalho e conquistas na arte da produção cinematográfica.

A cerimônia formal na qual os prêmios são entregues é uma das mais midiáticas do mundo e também a mais antiga premiação. Outras foram inspiradas no Oscar, com: Emmy (televisão), Tony (teatro) e Grammy (música). A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS) foi concebida por Louis B. Mayer, um dos fundadores da Metro-Goldwyn-Mayer.

A primeira entrega dos prêmios da Academia aconteceu em 16 de maio de 1929, no Hotel Roosevelt em Hollywood, para honrar as realizações cinematográficas mais proeminentes de 1927 e 1928. A cerimônia foi apresentada pelo ator Douglas Fairbanks e pelo diretor William C. deMille.

A primeira cerimônia televisionada foi em 1953 somente nos Estados Unidos e no Canadá. Em 1966, aconteceu a primeira exibição a cores. Desde 1969, a cerimônia é exibida em âmbito internacional. Em 1970, Brasil e México foram os primeiros países, além dos Estados Unidos e do Canadá, a televisionarem o evento ao vivo, via satélite. Atualmente, os prêmios da Academia são transmitidos em direto pela televisão para mais de 200 países, se tornando assim um dos maiores eventos televisivos do mundo. Segundo a Enciclopédia Novo Mundo, estima-se que mais de um bilhão de pessoas assistem ao Oscar ao vivo ou gravadas a cada ano, equiparando a cerimônia a audiências de eventos televisivos mundiais importantes como a Copa do Mundo FIFA e os Jogos Olímpicos. A cerimônia de 1998 mantém o recorde da maior audiência da história dos Prêmios da Academia, onde foi registrado que 57,25 milhões de pessoas assistiram à transmissão somente nos Estados Unidos.

História

A primeira apresentação dos Prêmios da Academia foi realizada em 16 de maio de 1929, em um jantar privado no Roosevelt Hotel de Hollywood com um público de aproximadamente 270 pessoas. A festa pós-premiação foi realizada no Mayfair Hotel. O custo dos bilhetes dos hóspedes para a cerimônia daquela noite foi 5 dólares (69 dólares em 2016). Quinze estatuetas foram atribuídas, honrando artistas, diretores e outros participantes da indústria cinematográfica da época, por trabalhos durante o período entre 1927 e 1928. A cerimônia decorreu durante 15 minutos.

Os vencedores foram anunciados na mídia três meses anteriores; no entanto, isto foi mudado para a segunda cerimônia em 1930. Durante a primeira década da premiação, os resultados foram dados aos jornais para publicação às 11 horas na noite de premiação. Este método foi utilizado até à ocasião em que o Los Angeles Times anunciou os vencedores antes da cerimônia começar; como resultado, a Academia desde 1941, usa um envelope selado para revelar o nome dos vencedores.

O primeiro Melhor Ator premiado foi Emil Jannings, por suas performances em The Last Command e The Way of All Flesh. Ele teve que voltar para a Europa antes da cerimônia, por isto, a Academia concordou em dar-lhe o prêmio mais cedo; isto fez dele o primeiro vencedor do Oscar na história. Naquela época, os vencedores foram reconhecidos por todo o seu trabalho feito em uma determinada categoria durante o período de qualificação; por exemplo, Jannings recebeu o prêmio por dois filmes em que ele atuou durante este período, e mais tarde Janet Gaynor ganhou um único Oscar por performances em três filmes. A partir da quarta cerimônia, o sistema mudou, e os profissionais foram homenageados por um desempenho específico em filme. Nas primeiras seis cerimônias, o período de elegibilidade durou dois anos.

Em 1957, na 29.ª cerimônia a categoria de Melhor Filme Estrangeiro foi introduzida. Até então, os filmes em língua estrangeira tinham sido homenageados com um Prêmio Especial.

Em 2002, a 74.ª edição dos Prêmios da Academia apresentou o primeiro Oscar de Melhor Filme de Animação.

Desde 1972, todas as cerimônias do Oscar têm terminado com a atribuição do Oscar de Melhor Filme.

Em 2013, o título oficial foi renomeado de "The Academy Awards" para "The Oscars".

A estatueta

O Oscar em si é uma pequena estatueta de 35 cm de altura pesando quase quatro quilogramas, feita de estanho folheado a ouro de catorze quilates, em forma de um cavaleiro sobre um pedestal no formato de um rolo de filme, com uma espada de cruzado atravessada verticalmente ao peito. Seu valor real é cerca de 500 dólares, mas seu valor simbólico é incomensurável, pelo prestígio profissional e popular que concede ao premiado e pelo faturamento que pode dar a um filme.

Concebida em 1929 pelo diretor de arte Cedric Gibbons e pelo escultor George Stanley, não sofreu mudanças significativas até hoje, nos mais de 90 anos em que já foi entregue. Apenas durante a Segunda Guerra Mundial foi confeccionada em gesso pintado com tinta dourada, devido ao esforço de guerra americano na época, que procurava racionar todos os tipos de metal. Após o conflito, os agraciados com estes Oscars tiveram seus prêmios trocados pela estatueta original.

A versão mais popular e conhecida para o nome dado ao careca dourado é a que concede sua autoria à secretária-executiva da Academia, Margareth Herrick, que ao vê-lo comentou que a pequena estátua parecia muito com seu tio Oscar, comparação ouvida por um jornalista presente no momento, que a publicou em seu jornal. Outra versão dá conta que a atriz Bette Davis o teria apelidado assim, dado a semelhança da estatueta com seu primeiro marido, Harmon Oscar Nelson. De qualquer modo o apelido pegou de tal maneira que hoje — e há muitos anos — é o nome pelo qual o Prêmio da Academia é conhecido mundialmente.

Em 2021, o pesquisador brasileiro Dr. Waldemar Dalenogare Neto encontrou a provável primeira menção pública ao nome "Oscar", na coluna "Cinematters" do jornalista Relman Morin no "Los Angeles Evening Post-Record" em 5 de dezembro de 1933. Como o prêmio não aconteceu naquele ano, ele disse: "O que aconteceu com o banquete anual da Academia? Como regra, o banquete e a entrega do" Oscar", a estatueta de bronze dada às melhores performances, acabou muito antes de esta". Esta informação muda a questão de Sidney Skolsky como o primeiro a citar publicamente o nome.

Prêmios da Academia ao Mérito

As categorias que compõem os Prêmios da Academia:

Prêmios atuais

Prêmios retirados

Prêmios especiais da Academia

Prêmios especiais atuais

  • Oscar Honorário (1929–presente)
  • Oscar Científico ou Técnico (1931–presente)
  • Prêmio Memorial Irving G. Thalberg (1938–presente)
  • Prêmio Humanitário Jean Hersholt (1956–presente)
  • Prêmio Gordon E. Sawyer (1981–presente)

Prêmios especiais retirados

  • Oscar Juvenil (1934–1960)
  • Oscar de Contribuição Especial (1972–1995)

Estatísticas

Filmes mais premiados

Até 2016, cinco filmes haviam recebido 10 ou mais prêmios. Apenas três filmes venceram as cinco principais categorias (Filme, Direção, Ator, Atriz e Roteiro). Foram eles It Happened One Night (1935), One Flew Over the Cuckoo's Nest (1976) e The Silence of the Lambs (1992).

Artistas mais premiados

O compositor Alan Menken é a pessoa viva com maior número de Oscars: oito. Walt Disney é o maior vencedor da história, tendo recebido vinte e dois prêmios da Academia.

Atores e atrizes mais premiados

Três atores e quatro atrizes receberam três ou mais prêmios de categorias relacionadas a atuação.

Até os dias de hoje apenas três atores e duas atrizes receberam duas estatuetas consecutivas. São eles: Spencer Tracy (por Captains Courageous e Boys Town), Jason Robards (por All the President's Men e Julia (filme)) , Tom Hanks (por Philadelphia e Forrest Gump), Luise Rainer (por The Great Ziegfeld e The Good Earth) e Katharine Hepburn (por Guess Who's Coming to Dinner e The Lion in Winter).

Outros 39 atores e atrizes receberam duas estatuetas nas categorias de atuação:

Lusofonia no Oscar

Diversos filmes lusófonos já concorreram ao Oscar, sobretudo produções brasileiras. Os filmes lusófonos com o maior número de indicações são: O Beijo da Mulher-Aranha e Cidade de Deus, ambos com quatro indicações.

Até 2017, o Brasil havia inscrito 46 filmes para o Oscar de melhor filme internacional e quatro deles conseguiram ser indicados: O Pagador de Promessas, O Quatrilho, O Que É Isso, Companheiro? e Central do Brasil. Portugal candidatou-se à cerimónia 33 vezes, tendo sido nomeado apenas uma vez, em 2023, com Ice Merchants na categoria de Melhor curta-metragem de animação, sem no entanto ter vencido. Em 2017, Moçambique inscreveu um filme pela primeira vez. Até hoje, o único filme falado em português a vencer o Oscar de melhor filme internacional é Orfeu Negro – produção rodada no Rio de Janeiro, com atores brasileiros – que levou a estatueta em 1960, representando a França.

Críticas

Acusações de mercantilismo

Devido à exposição positiva e prestígio do Oscar, os estúdios gastam milhões de dólares e contrata publicitários especificamente para promover seus filmes durante o que é normalmente chamado de "temporada do Oscar". Isto gerou acusações dos prémios da Academia serem influenciados mais por propaganda do que pela qualidade. William Friedkin, um cineasta premiado com o Oscar e ex-produtor da cerimônia, expressou este sentimento em uma conferência em Nova York em 2009, descrevendo-o como "o maior esquema de promoção que qualquer indústria já inventou por si mesma".

Acusações de parcialidade

As principais críticas para o Oscar de Melhor Filme é que entre os vencedores e nomeados há sempre uma sobre-representação dos épicos românticos históricos, dramas biográficos, dramas românticos e melodramas familiares, a maioria dos quais são lançados nos Estados Unidos nos últimos três meses do ano. O Oscar é conhecido pela seleção de gêneros específicos de filmes a serem concedidos. Isto levou à cunhagem do termo "isca para [ganhar] Oscar", descrevendo tais filmes. Isto levou, por vezes, a críticas mais específicas que a Academia está desconectada do público, por exemplo, favorecendo os que tem "isca para Oscar" favoritos da audiência, ou favorecendo melodramas históricos sobre filmes aclamados pela crítica que retratam questões de vida atuais.

Falta de diversidade

Desde 1929, ano em que o prêmio foi criado, até o ano 2000, 95% das indicações nas categorias de atução foram para atores brancos e apenas 5% para de outros grupos étnicos como negros, latinos e asiáticos. Além disso, 94% dos membros da Academia são brancos. A 88.ª cerimônia tornou-se alvo de um boicote, com base na percepção dos críticos que a sua lista de indicados tem todos os atores brancos. Em resposta, a Academia iniciou mudanças "históricas" no quadro social até o ano de 2020.

Oscars recusados

Alguns vencedores criticaram o Oscar, boicotaram as cerimônias e se recusaram a aceitar seus Oscars. O primeiro a fazê-lo foi Dudley Nichols (melhor roteiro em 1935 por The Informer). Nichols boicotou o oitava cerimônia por causa de conflitos entre a Academia e o Writers Guild of America Award. George C. Scott tornou-se a segunda pessoa a recusar o prêmio (melhor ator em 1970 por Patton) na 43ª cerimônia. Scott descreveu como um "desfile de carne", dizendo "Eu não quero qualquer parte dela." O terceiro foi Marlon Brando, que recusou o prêmio (melhor ator em 1972 de The Godfather), citando a discriminação da indústria cinematográfica e maus tratos de nativos americanos. Na cerimônia 45ª dos Óscares, Brando enviou a atriz Sacheen Littlefeather para ler um discurso de 15 páginas detalhando suas críticas.

Esnobe de Cidade de Deus no Oscar 2003 e reformulação do prêmio

Segundo uma pesquisa divulgada por Waldemar Dalenogare Neto em abril de 2019, Cidade de Deus foi esnobado no Óscar 2003 após alguns dos membros utilizarem uma brecha no regulamento para dar nota baixa ao filme. Um número minoritário de membros da comissão de filme estrangeiro se retirou da sessão interna da academia onde estava sendo exibido o filme, antes do final, e imediatamente a nota da produção caiu de 10 para 6. Na época, isso era permitido pelo regulamento interno, e foi a primeira vez aconteceu o esvaziamento de uma sessão. Um dos pontos apontados na pesquisa, é o perfil da época dos membros que faziam parte da comissão, composto por homens de perfil conservador, e que não gostava de cenas de sexo e violência nos filmes, a não ser que tenha uma justificativa de acordo com o ponto de vista deles. Devido a reação negativa, a Miramax desistiu de fazer campanha para o filme e adiou para o ano seguinte. Quando Cidade de Deus recebeu quatro indicações no Oscar 2004, a reação negativa voltou-se para o Oscar de melhor filme estrangeiro. Em 2005 a academia encomendou um estudo para evitar tais injustiças, o que levou a criação da short list (pré-lista), para diversificar a seleção. Posteriormente, devido a uma nova polêmica no perfil do comitê nos anos 2010, foram adicionados mais membros.

Exibição televisiva

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas licenciou exclusivamente à Disney-ABC Television Group a exibição pela ABC TV da cerimônia do Oscar.

Transmissão no Brasil

No Brasil, a primeira transmissão do evento ocorreu em 1970, quando a TV Tupi exibiu, ao vivo e via satélite, para várias porções do país (através da Rede de Emissoras Associadas).

Notas

Ver também

  • Lista de actores nomeados para dois prémios da Academia no mesmo ano
  • Lista de filmes que receberam mais de dez indicações para os prêmios Oscar

Referências

Bibliografia

  • ALBAGLI, Fernando. Tudo sobre o Oscar. ZIT. 2004
  • EWALD FILHO, Rubens. O Oscar e Eu. IBEP. 2003
  • PEREIRA FILHO, Francisco Alves. Oscar Awards: A História Completa do Maior Prêmio do Cinema Mundial. BLUHM. 2002
  • PEREIRA FILHO, Francisco Alves. Setenta Anos do Oscar. RELUME-DUMARA. 1997

Ligações externas

  • «Página oficial da Academia» (em inglês) 
  • «Página oficial das cerimónias» (em inglês) 
  • «Base de dados oficial dos prêmios» (em inglês) 
  • «Lista completa dos indicados/nomeados e vencedores» (em inglês) 
  • «Histórico de premiações» (em inglês). Filmsite.org 

Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Óscar by Wikipedia (Historical)


Anton Pannekoek


Anton Pannekoek


Antonie Pannekoek (Vaassen, 2 de janeiro de 1873 — Wageningen, 28 de abril de 1960) foi um astrônomo, filósofo e teórico marxista holandês.

Vida

Já no início do século XX era um renomado astrônomo. Ele iniciou sua militância política na social-democracia neerlandesa e sempre manteve contato com a social-democracia alemã.

Escreveu em vários periódicos social-democratas onde ministrou cursos diversos relacionado aos seus estudos. Na Alemanha, suas teorias exerceram bastante influência política. E, com o desenvolvimento cada vez mais conservador da social-democracia, ele se alia às tendências mais radicais do movimento socialista mundial (Lênin, Rosa Luxemburgo) e forma um grupo oposicionista nos Países Baixos, juntamente com o poeta e militante Herman Gorter.

Com o desenvolvimento da Revolução Russa, Pannekoek irá romper também com o leninismo e, junto com grupos em outros países, irá se opor tanto à social-democracia como também ao bolchevismo. A Social-democracia era vista como uma tendência burguesa que já não tinha mais nada a ver com o marxismo, e o bolchevismo também possuía um caráter semi-burguês, tal como se vê na filosofia de Lênin, inspirada no materialismo burguês e mecanicista do século XVIII.

Na década de 1920, na Alemanha, as lutas dos trabalhadores repetem a formação dos conselhos operários e os partidos políticos de esquerda acabam se colocando contratais conselhos, o que provoca uma evolução de Pannekoek, Gorter, Otto Rühle Karl Korsch entre outros nos Países Baixos. Na Alemanha, no sentido de realizar uma crítica dos partidos políticos e dos sindicatos, vendo nos conselhos operários o embrião da futura sociedade comunista, bem como sua forma de auto-organização emancipadora no período revolucionário.

Assim, Pannekoek se torna o teórico dos conselhos operários e um dos principais representantes do chamado comunismo de conselhos. A visão de Pannekoek da Revolução Russa é a de que, ela se caracteriza por ser uma - contrarrevolução burocrática - que criou um regime denominado por ele como capitalismo de estado. A tese básica de Pannekoek é retomada de Marx: "A emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores" e os conselhos operários são os órgãos do processo revolucionário e da nova sociedade fundada na autogestão.

Publicações

Escritos científicos

  • Untersuchungen über den Lichtwechsel Algols (1902)
  • De wonderbouw der wereld - de grondslagen van ons sterrekundig wereldbeeld populair uiteengezet (1916, 1920, 1924)
  • De astrologie en hare beteekenis voor de ontwikkeling der sterrekunde (1916)
  • The distance of the Milky Way (1919)
  • Die nördliche Milchstrasse (1920)
  • Ionization in stellar atmospheres (1922)
  • De astrophysica en hare moderne ontwikkeling (1925)
  • Results of observations of the total solar eclipse of June 29, 1927 - 1: Photometry of the flash spectrum (1928) com Marcel Minnaert
  • Results of observations of the total solar eclipse of June 29, 1927 - 2: Photometry of the chromosphere and the corona (1930) with N.W. Doorn
  • The influence of collisions on the formation of the Fraunhofer lines (1931)
  • The theoretical intensities of absorption lines in stellar spectra (1935)
  • Antropogenese. Een studie over het ontstaan van de mens (1944)
  • Photographic photometry of the southern Milky Way (1949); com David Koelbloed
  • Line intensities in spectra of advanced type (1950)
    • English: Anthropogenesis: A study of the origin of man (1953)
  • De groei van ons wereldbeeld - een geschiedenis van de sterrekunde (1951)
    • English: A History of Astronomy (1961)

Escritos políticos e filosóficos

  • Ethik und Sozialismus - Umwälzungen im Zukunftsstaat (1906)
  • Religion und Sozialismus - ein Vortrag (1906)
  • Godsdienst en socialisme - voordracht, op 14 September 1905 te Bremen gehouden (1907)
  • Ethiek en socialisme (1907)
  • Marxisme en revisionisme (1907); com Herman Gorter
  • Omwentelingen in den toekomststaat (1907)
  • Der Kampf der Arbeiter : sieben Aufsaetze aus der Leipziger Volkszeitung (1907)
  • Het marxisme / pro: A. Pannekoek, contra: M.W.F. Treub (1908); com Marie Willem Frederik Treub
  • Darwinisme en marxisme (1909)
  • Die taktischen Differenzen in der Arbeiterbewegung (1909)
  • Uit de voorgeschiedenis van den wereldoorlog (1915)
  • De oorlog : zijn oorsprong en zijn bestrijding (ca. 1915)
  • "The Third International," International Socialist Review, vol. 17, no. 7 (Jan, 1917), pp. 460–462.
  • Lenin als Philosoph(1938) pseud.: J. Harper
    • English: Lenin as Philosopher: A Critical Examination of the Philosophical Basis of Leninism. (1948)
    • Dutch: Lenin als filosoof. Een kritische beschouwing over de filosofische grondslagen van het Leninisme (1973)
  • De arbeidersraden (1946) pseud.: P. Aartsz
    • English: Workers' Councils(1947)

Homenagens

  • 1951 - Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society

Ver também

  • Comunismo de conselhos
  • Conselhos operários
  • Capitalismo de estado
  • Esquerdismo
  • Karl Korsch
  • Nildo Viana
  • Otto Rühle

Referências

Bibliografia

Ligações externas

  • O Marxismo Libertário de Anton Pannekoek
  • Antonie Pannekoek Archives - Coleção abrangente de artigos e livros socialistas e científicos digitalizados de Pannekoek
  • K. van Berkel, "Pannekoek, Antonie (1873-1960)", in Biografisch Woordenboek van Nederland.
  • Chaokang Tai, Bart van der Steen, and Jeroen van Dongen (eds.), Anton Pannekoek: Ways of Viewing Science and Society. Amsterdam: Amsterdam University Press, 2019.
  • Anton Pannekoek texts at Libertarian Communist Library
  • RevoltLib Anton Pannekoek Archive - Revoltlib.com
  • Anton Pannekoek Archive of his political writings - Marxists Internet Archive
  • Exchange of letters between Cornelius Castoriadis and Anton Pannekoek, publicado originalmente em Socialisme ou Barbarie, traduzido e introduzido pela Viewpoint Magazine.
  • Anton Pannekoek and the Quest For an Emancipatory Socialism
  • Anton Pannekoek Astronomical Institute Arquivado em 2017-09-05 no Wayback Machine
  • Fintan Lane, Contradicting the Bolsheviks: Anton Pannekoek and European Marxism


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Laureados com o Nobel


Laureados com o Nobel


Os Prêmios Nobel (em sueco: Nobelpriset, em norueguês: Nobelprisen) são prêmios atribuídos anualmente pela Academia Real das Ciências da Suécia e Academia Sueca e pelo Comité Nobel Norueguês e o Instituto Karolinska a pessoas e organizações que contribuíram de forma excepcional nos campos da química, física, literatura, paz e fisiologia ou medicina. Os prêmios foram criados em 1895 por Alfred Nobel, que determinou que eles seriam administrados pela Fundação Nobel. O Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel foi criado em 1968 pelo Sveriges Riksbank, o banco central da Suécia, para as contribuições no campo da economia. Cada premiado, "nobelista" ou "laureado", recebe uma medalha de ouro, um diploma e uma quantia em dinheiro, que é decidida previamente pela Fundação Nobel.

Prêmio

O Prêmio Nobel foi criado por Alfred Nobel em 1895, com o objetivo de reconhecer pessoas ou instituições que realizaram pesquisas, descobertas ou contribuições notáveis para a humanidade no ano imediatamente anterior ou no curso de suas atividades. A administração dos prêmios é feita pela Fundação Nobel, uma organização criada em 1900 por vontade de Alfred Nobel em seu testamento.

Originalmente, o prêmio era dedicado a pessoas ou organizações que se destacaram nos campos da química, física, literatura, paz e fisiologia ou medicina. Em 1968, foi criado o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel por uma doação do banco central sueco Sveriges Riksbank à Fundação Nobel para comemorar o 300.º aniversário do banco, e é outorgado anualmente desde 1969 pela Academia Real das Ciências da Suécia a intelectuais do campo das ciências económicas. Embora não seja um dos Prêmios Nobel originais estabelecidos pelo testamento de Alfred Nobel em 1895, é geralmente considerado e frequentemente referido, porém de forma errônea, como o prêmio Nobel de Economia. O prêmio é administrado e referido juntamente com os Prêmios Nobel pela Fundação Nobel.

Cada prêmio é dado por um comitê separado. A Academia Real das Ciências da Suécia entrega os prêmios de Física, Química e Economia, o Instituto Karolinska entrega o prêmio de Fisiologia ou Medicina e o Comité Nobel Norueguês entrega o Nobel da Paz. Cada laureado recebe uma medalha de ouro, um diploma e um prêmio em dinheiro que tem variado no decorrer dos anos. Em 1901, os laureados do primeiro Prêmio Nobel receberam 150 782 coroas suecas, o que equivale a 8 402 670 coroas suecas em dezembro de 2017. Em 2017, os premiados receberam um total de 9 000 000 coroas suecas. A premiação acontece anualmente em Estocolmo no dia 10 de dezembro, o aniversário da morte de Alfred Nobel.

De acordo com o estatuto da Fundação, nos anos em que não houver premiação, devido a eventos externos ou a ausência de nomeações, o valor do prêmio em dinheiro é reservado para o ano seguinte e poderá ser devolvido aos fundos restritos da Fundação. O Prêmio Nobel não foi entregue entre os anos de 1940 e 1942 devido à Segunda Guerra Mundial.

Laureados

Entre 1901 e 2023, o Prêmio Nobel e o Prêmio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel foram concedidos 621 vezes a 1 000 pessoas e organizações (970 indivíduos e 30 organizações). Com algumas pessoas recebendo o Nobel mais de uma vez, totaliza-se 965 indivíduos e 27 organizações. Seis laureados com o Nobel foram proibidos pelo governo de seu país de aceitar o prêmio: Adolf Hitler proibiu quatro alemães, Carl von Ossietzky (Paz, 1936), Richard Kuhn (Química, 1938), Adolf Butenandt (Química, 1939) e Gerhard Domagk (Fisiologia ou Medicina, 1939), de aceitarem seus prêmios; o governo da extinta União Soviética pressionou Boris Pasternak (Literatura, 1958) a recusá-lo; e o governo da China proibiu Liu Xiaobo (Paz, 2010) a receber seu prêmio. Dois laureados, Jean-Paul Sartre (Literatura, 1964) e Lê Ðức Thọ (Paz, 1973), recusaram o prêmio; Sartre tinha a postura de recusar todos os prêmios oficiais recebidos e Lê Ðức Thọ recusou o prêmio devido à Guerra do Vietnã.

Sete laureados receberam mais de um prêmio. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha foi premiado com o Nobel da Paz em três ocasiões, mais do que qualquer outro laureado. Receberam o prêmio por duas vezes, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Nobel da Paz), John Bardeen (Nobel de Física), Frederick Sanger (Nobel de Química) e Barry Sharpless (Nobel de Química). Dois laureados também receberam o prêmio duas vezes, porém em categorias diferentes: Marie Curie (Física e Química) e Linus Pauling (Química e Paz). Entre os 965 indivíduos laureados, 64 são mulheres, sendo que a primeira a receber o prêmio foi Marie Curie, com o Nobel de Física em 1903. Ela também foi a primeira pessoa (homem ou mulher) a receber um segundo Nobel em 1911, no campo da Química, e continua a ser a única mulher a receber o Nobel por duas vezes.

Os únicos falantes de língua portuguesa a serem laureados com a premiação foram dois portugueses, o médico neurologista António Egas Moniz (Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1949) e o escritor José Saramago (Nobel de Literatura de 1998), e dois timorenses, o bispo católico Carlos Filipe Ximenes Belo e o político e jurista José Ramos-Horta (ambos foram laureados com o Nobel da Paz de 1996).

Lista de laureados

1901 • 1910 • 1920 • 1930 • 1940 • 1950 • 1960 • 1970 • 1980 • 1990 • 2000 • 2010 • 2020

Regra do sigilo de 50 anos

O Comitê não informa à mídia nem aos próprios candidatos os nomes dos indicados. Na medida em que nomes específicos aparecem frequentemente nas primeiras previsões de quem receberá o prêmio em um determinado ano, isso é pura especulação ou informação privilegiada da pessoa ou pessoas que enviaram a indicação. Após um sigilo de cinquenta anos, o banco de dados de indicações mantido pelo Comitê Nobel é disponibilizado ao público. Os estatutos da Fundação Nobel afirmam:

Um organismo de atribuição de prémios pode, no entanto, após a devida consideração de cada caso individual, permitir o acesso ao material que serviu de base para a avaliação e decisão sobre um prémio, para fins de investigação em história intelectual. Essa autorização não pode, contudo, ser concedida antes de decorridos, pelo menos, 50 anos após a data em que a decisão em causa foi proferida.

Ver também

  • Laureados com o Nobel por país
  • Lista de mulheres laureadas com o Nobel

Notas

  • Nota 1 O termo "laureado" refere-se a ser representado pela coroa de louros. Na mitologia grega, Apolo é representado usando uma coroa de louros na cabeça. Uma coroa de louros é uma coroa circular feita de ramos e folhas do louro (em latim: Laurus nobilis). Na Grécia Antiga, as coroas de louros eram concedidas aos vencedores como sinal de honra – tanto em competições atléticas quanto em encontros poéticos.
  • Nota 2 Em 1960, Peter Brian Medawar (que nasceu no Brasil, porém naturalizou-se britânico) foi laureado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina. Medawar não é considerado como um ganhador brasileiro do Nobel porque, em 1933, sua cidadania brasileira foi retirada devido a sua recusa de alistar-se no exército do Brasil.
  • Nota 3 Em 1938 e 1939, o governo da Alemanha não permitiu que três indicados alemães aceitassem o prêmio. Eles eram Richard Kuhn, Laureado com o Nobel de Química em 1938, Adolf Butenandt, Laureado com o Prêmio Nobel de Química em 1939 e Gerhard Domagk, Laureado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1939. Posteriormente eles foram premiados com o diploma do Prêmio Nobel e a medalha, porém não receberam o prêmio em dinheiro.
  • Nota 4 Em 1948, não houve a premiação do Nobel da Paz. O prêmio seria recebido por Mohandas Karamchand Gandhi, entretanto, devido seu assassinato o prêmio ficou vago em sua homenagem.
  • Nota 5 Em 1958, o russo Boris Pasternak, foi forçado a recusar o Nobel da Literatura, devido a pressão do governo da União Soviética.
  • Nota 6 Em 1964, Jean-Paul Sartre não aceitou o Nobel de Literatura, assim como o fez em todas as homenagens oficiais recebidas até então.
  • Nota 7 Em 1973, Lê Ðức Thọ recusou o Nobel da Paz devido, uma vez que em sua opinião não o merecia, pois sua contribuição nos Acordos de Paz de Paris, um acordo de cessar-fogo na Guerra do Vietnã, não teve efeito.
  • Nota 8 Em 2010, Liu Xiaobo não recebeu o prêmio devido estar cumprindo uma pena de 11 anos de prisão na China.
  • Nota 9 Em 2014, Malala Yousafzai foi considerada a pessoa mais jovem a ganhar um Nobel.
  • Nota 10 O Prêmio Nobel de Literatura de 2018 foi concedido em 2019, quando escândalos dentro da Academia Sueca forçaram o adiamento da cerimônia.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «List of Nobel laureates», especificamente desta versão.

Referências

Ligações externas

  • Site Oficial da Academia Real das Ciências da Suécia
  • Site Oficial da Fundação Nobel


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Lista de movimentos fascistas


Lista de movimentos fascistas


A aparição do fascismo como uma força dominante é um fenômeno de apenas alguns anos que pode ser datado precisamente, ele começou em 1922/1923, com a emergência do Partido Nacional Fascista italiano liderado por Mussolini e terminou em 1945 com a derrota e morte de Mussolini e Hitler. Além da Itália e Alemanha, registraram-se movimentos fascistas de destaque na Áustria, Bélgica, Grã-Bretanha, Finlândia, Hungria, Romênia, Espanha bem como na África do Sul e Brasil.

Europa

Albânia

O Partido Fascista albanês (albanês: Partia Fashiste e Shqipërisë - pFSH) foi um movimento fascista, que detinha o poder nominal na Albânia em 1939, quando o país foi conquistado pela Itália, até 1943, quando a Itália se rendeu aos Aliados. Depois disso, a Albânia caiu sob ocupação alemã, e o pFSH foi substituído pela Guarda da Grande Albânia. Nunca foi um movimento de massas, com uma adesão relatada em 13.500, em maio de 1940, no entanto, durante o tempo do pFSH no poder, fez perceber a visão da Grande Albânia, expandindo as fronteiras da Albânia com o atual Epiro e com Kosovo. Após a queda do Terceiro Reich, a Albânia entrou em guerra civil. Os comunistas voltaram contra seu monarca, efetivamente ganhando o controle do país em 29 de novembro de 1944. A resistência limitada realizada por forças nacionalistas continuaram ambas na Albânia e em Kosovo, com o último deles relatou ter deixado de lutar em 1951, após as operações de apoio secreto britânico-americanas terem sido expostas pelo agente soviético Kim Philby.

Alemanha

Áustria

Uma coalizão de partidos de direita levou ao poder Engelbert Dollfuss em 1932. Seus principais defensores foram o tradicional Christlichsoziale Partei (Partido Social Cristão) e uma amálgama de movimentos extremistas como o paramilitar Heimwehr, aglomerados por Ernst Rüdiger, Stahremberg criou o Vaterländische Front (Frente Patriótica), de clara orientação fascista. Dollfuss dissolveu o parlamento por tempo indeterminado (março de 1933) e iniciou um regime autoritário que foi chamado Ständestaat. Em resposta ao aumento da atividade dos movimentos pró-nazistas, os defensores da anexação à Alemanha (Anschluss), proibiu a NSDAP e a SDAPÖ. Em julho do mesmo ano, foi assassinado por membros do partido nazista austríaco. Ele foi substituído por Kurt Schuschnigg, que continuou a se opor às pretensões de anexação. Em troca, Arthur Seyss-Inquart, seu ministro do Interior e vice-chanceler, exigiu a presença militar alemã terminando assim com a independência da Áustria.

Bulgária

A personalidade mais próxima do fascismo de direita na política búlgara foi Alexander Tsankov, que controlou um regime autoritário de grande violência repressiva desde o golpe de 1923-1934, quando foi retirado do poder pelo Zveno (Звено, um movimento ultraconservador com presença no exército e defensor do corporativismo), por sua vez derrubado em 1935 pelo rei Bóris III, que iniciou um governo pessoal autocrático assistido pelo primeiro-ministro Georgi Kyoseivanov.

Espanha

Durante a ditadura de Primo de Rivera, Ernesto Giménez Caballero ministro propaganda começou a transmitir a ideologia fascista. Admirador de Mussolini, tinha visitado a Itália em 1928. O Estado de um partido só do falangista Francisco Franco na Espanha sobreviveu ao colapso das Potências do Eixo. A ascensão de Franco ao poder tinha sido assistida diretamente pelos militares da Itália fascista e da Alemanha nazista durante a Guerra Civil Espanhola, e tinha levado voluntários a lutar ao lado da Alemanha nazista contra a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. Após a II Guerra Mundial e de um período de isolamento internacional, o regime de Franco normalizou as relações com as potências ocidentais.

França

Holanda

O Nationaal-Socialistische Beweging em Nederland (Movimento Nacional Socialista na Holanda, a NSB) foi um partido político fascista, que se desenvolveu durante a década de 1930 e tornou-se o único partido legal durante a ocupação alemã na Segunda Guerra Mundial, período em que funcionou como um verdadeiro ramo do partido nazista. Seus fundadores foram Mussert Anton, que se tornou o líder, e Cornelis van Geelkerken. Ele baseou seu programa no fascismo italiano e o nazismo alemão.

Hungria

O Partido da Cruz Flechada foi um partido nacional socialista, fascista, pró-alemão e antissemita, semelhante ao Partido Nazista; era liderado por Ferenc Szálasi, que conduziu na Hungria a um governo conhecido como Governo de Unidade Nacional de 15 de outubro de 1944 a 28 de março de 1945. O partido foi fundado por Ferenc Szálasi em 1935 como Partido da Vontade Nacional.

Portugal

O regime do Estado Novo, de António de Oliveira Salazar, pediu emprestadas muitas das ideias para o exército e governo ao regime fascista de Mussolini, que admirava e de quem tinha uma foto na secretária de trabalho, e adaptou-se ao exemplo português de iconografia paternalista para o autoritarismo No entanto, Salazar distanciou-se do fascismo e do nazismo, que criticou como um "cesarismo pagão" que não reconhecia limites legais, religiosos ou morais . Ao contrário de Mussolini ou Hitler, Salazar nunca teve a intenção de criar um Estado-partidário. Salazar era contra o conceito de partidos e em 1930 criou a União Nacional, um partido único, que afirmou como um "não-partido" , anunciando que a União Nacional seria a antítese de um partido político.

Romênia

Em 24 de julho de 1927 foi fundada .a Legião do Arcanjo Miguel, uma organização anti-semita e nacionalista, cujos membros usavam camisas verdes. Os adeptos e membros do movimento foram chamados de Legion. Em março de 1930, Codreanu formou a Guarda de Ferro, um ramo paramilitar e político da Legião. Esse nome passou a ser aplicada a todo o Legion. Seus membros usavam uniformes verdes (considerado um símbolo de rejuvenescimento para seus uniformes ganhou o apelido de "camisas-verdes"). O principal símbolo utilizado pela Guarda de Ferro foi um cruzamento triplo, representando grades da prisão.

Reino Unido

Oswald Mosley, um admirador de Benito Mussolini, estabeleceu a União Britânica de Fascistas em 1932 como uma alternativa nacionalista aos três principais partidos políticos da Grã-Bretanha. Embora o BUF tenha alcançado apenas um sucesso limitado em algumas eleições locais, sua existência causou tumultos frequentes, geralmente instigados por movimentos comunistas. O partido foi banido em 1940, e seu líder, Oswald Mosley, foi preso durante todo o período da Segunda Guerra Mundial.

San Marino

Suíça

A Frente Nacional (Frente Nacional Suíça) foi fundada em 1930, com uma ideologia de extrema-direita e anti-semita. O partido usou o modelo de democracia da direta para forçar um referendo para alterar a Constituição em 1935, mas foi derrotado e suas atividades diminuíram. O Nationale Bewegung der Schweiz (Movimento Nacional da Suíça) foi fundado em 1940 e atuou como um guarda-chuva das atividades alemãs no país.

Ásia

Japão

A ideologia japonesa muitas vezes referida como nacionalista expansionista, militarista ou imperialista teve certa relação como fascismo, além dos fatos de que o Japão fez parte do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial e da ocupação japonesa de grandes territórios na Ásia, de alguma forma permite comparar com a dominação dos alemães e italianos na Europa. Na década de 20 e 30 existiu uma organização dentro do exército que procurou estabelecer um governo militar totalitário: a Kōdōha (Facção do Caminho Imperial) que embora nunca chegou a formar um partido político, interveio na política e ainda tentou tomar o poder através de fracassados golpes entre 1934 e 1936.

Modernamente, está em discussão se existiu de fato um modelo de fascismo japonês, de acordo com Richard Torrance, na época da invasão japonesa na Manchúria em 1931, os termos fascismo e fascista estavam em circulação e era apoiados por um corpo de teorias políticas que pareciam corresponder às realidades sociais, políticas e culturais do Japão, para Tosaka Jun, em 1937 o debate sobre a existência do fascismo no Japão já tinha acabado, Tosaka descreveu o fascismo japonês como uma resposta às contradições do capitalismo, políticas inchadas, cultura e cotidiano, geralmente aceitas e experimentadas por uma grande faixa da sociedade.

República da China

A Sociedade dos Camisas Azuis liderada por Chiang Kai-shek procurou implantar o fascismo na República da China.

Líbano

O Falanges, partido libanês, foi fundado em 1936 por Pierre Gemayel, seguindo os modelos italianos e espanhóis, entre os cristãos maronitas do Líbano. Seu lema é "Deus, Pátria e Família", sua ideologia foi nacionalista, mais particularmente fenicista (a idealização do passado fenício), depois de passar por várias divisões ainda hoje existe e a família Gemayel está na liderança.

América Latina

Costa Rica

A partir dos anos trinta foi desenvolvido na Costa Rica um movimento de partidários do nazismo alemão. Havia simpatizantes nazistas em posições políticas funcionários nas administrações de León Cortés Castro e Rafael Angel Calderón Guardia.

Chile

No Chile, Jorge González von Marées foi o principal líder do Movimento Nacional Chile (MNS) e foi eleito deputado 1937-1945. Inicialmente os membros do MNS entraram em confronto com membros da oposição correntes políticas, tanto liberais e grupos marxistas em 1933 criou os "nazistas de tropas de assalto". O grupo conseguiu penetrar sindicatos também em grupos de classe média e alta, no Chile, tendo, em 1935, com mais de 20.000 membros e com presença significativa em federações de estudantes universitários. Em 1934, eles fundaram a revista Ação Chilena. O MNS tentou provocar um golpe para derrubar o presidente Alessandri. Em 5 de setembro de 1938, cerca de 60 jovens nazistas tomaram a sede da Universidade do Chile.

Brasil

No Brasil, Plínio Salgado fundou em 7 de outubro de 1932 a Ação Integralista Brasileira, influenciado pelo fascismo italiano. Porém o integralismo diverge, em pontos fundamentais, do fascismo e, sobretudo, do nacional-socialismo. Com efeito, a posição oficial do fascismo histórico era no sentido de que o Estado é um fim, encarnando a ética e criando todo o direito, não aceitando, pois, a existência de direitos anteriores ao Estado, ao passo que o integralismo sempre proclamou que o Estado é um meio a serviço da pessoa humana e do bem comum, do mesmo modo que sempre afirmou a existência de direitos naturais da pessoa humana, os quais antecedem o Estado, que, desta forma, não os cria, mas apenas reconhece.Mesmo os regimes que tiveram as armadilhas clássicas do fascismo como a ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas no Brasil e o governo de Perón na Argentina, não se encaixam nos modelos do fascismo.


Referências


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Charles Babbage


Charles Babbage


Charles Babbage (Teignmouth, Condado de Devon, Inglaterra, 26 de dezembro de 1791 — Londres, 18 de outubro de 1871) foi um cientista, matemático, filósofo, engenheiro mecânico e inventor inglês que originou o conceito de um computador programável junto à Condessa de Lovelace, Augusta Ada King.

Charles Babbage é mais conhecido e, de certa forma, referenciado como o inventor que projetou o primeiro computador de uso geral, utilizando apenas partes mecânicas, a máquina analítica. Ele é considerado o pioneiro. Seu invento, porém, exigia técnicas bastante avançadas e caras na época, e nunca foi construído. Sua invenção também não era conhecida dos criadores do computador moderno.

Mais recentemente, entre 1985 e 1991, o Museu de Ciência de Londres construiu outra de suas invenções inacabadas, a máquina diferencial 2, usando apenas técnicas disponíveis na época de Babbage.

Nascimento

O local de nascimento de Babbage é controverso, mas ele provavelmente nasceu na Inglaterra, mais precisamente no endereço 44 Crosby Row, Walworth Road, em Londres, Inglaterra.

Há uma pequena discrepância, provinda de três fontes, sobre a data de nascimento de Babbage. A primeira, publicada no obituário do The Times aponta 26 de Dezembro de 1792. Entretanto, dias mais tarde, um sobrinho de Babbage escreveu dizendo que seu tio havia nascido precisamente um ano antes, em 1791. O registro paroquial de 'St. Mary's Newington', Londres, mostra Babbage sendo batizado em 06 de janeiro de 1792, apoiando um ano de nascimento de 1791.

O pai de Babbage, Benjamin Babbage, foi um banqueiro, sócio do Praeds, de 'Bitton Estate', em Teignmouth. Sua mãe era Betsy Plumleigh Babbage. Em 1808, a família Babbage mudou-se para a antiga 'Rowdens house', a leste de Teignmouth, e Benjamin Babbage tornou-se administrador das proximidades da igreja de St. Michael.

Educação

O dinheiro de seu pai permitiu que Babbage recebesse instrução de diversas escolas e tutores durante o curso de seu ensino fundamental. Com cerca de oito anos de idade foi enviado para uma escola de campo em Alphington, Devon perto de Exeter para se recuperar de uma febre com risco de vida. Seus pais ordenaram que a "não era para se exigir demais de seu cérebro" e Babbage sentiu que "esta grande ociosidade pode ter levado alguns dos meus raciocínios infantis". Por um tempo curto ele frequentou o King Edward VI Community College em Totnes, South Devon, mas sua saúde forçou ele de volta para professores particulares por um tempo. Ele então se juntou a 30 alunos da academia Holmwood, em Baker Street, Enfield, Middlesex sob o reverendo Stephen Freeman. A academia tinha uma biblioteca bem abastecida que levou Babbage ao amor pela matemática. Ele estudou com mais dois tutores privados depois de sair da academia.

Charles Babbage estudou no Trinity College, em Cambridge, onde depois lecionou matemática. Ele tinha lido extensivamente Leibniz, Joseph Louis Lagrange, Thomas Simpson, e Lacroix e ficou seriamente decepcionado com o ensino da matemática disponível em Cambridge. Em resposta, ele, John Herschel, George Peacock, e vários outros amigos formaram a Analytical Society do Trinity College, em Cambridge em 1812. Babbage, Herschel e Peacock também eram amigos íntimos do futuro juiz e patrono da ciência Sir Edward Ryan. Babbage e Ryan casaram com duas irmãs. Como estudante, Babbage foi também membro de outras sociedades, como o the Ghost Club, preocupado com a investigação de fenômenos sobrenaturais, e do the Extractors Club, dedicado a libertar seus membros do hospício, caso algum dos membros fosse parar lá.

Em 1812 Babbage transferido para Peterhouse, Cambridge. Ele foi um dos melhores matemáticos em Peterhouse, mas não se formou com honras. Ao invés disso, recebeu um diploma honorário sem exame em 1814.

Eleito membro da Royal Society of London (1816), recebeu uma bolsa do governo para projectar uma calculadora com capacidade para até a vigésima casa decimal (1823).

Enquanto desenvolvia sua máquina era professor de matemática na University of Cambridge (1828-1839). Apresentou sua máquina analítica em 1833, tendo sido considerada o ponto de partida para os modernos computadores eletrônicos.

Publicou diversos artigos sobre matemática, estatística, física e geologia. Também colaborou para a modernização do sistema de código postal inglês, além de ser o primeiro matemático que conseguiu colocar em desuso a cifra de Vigenère, utilizando métodos de cripto-análise (análise de frequência).

Casamento, família, morte

Em 25 de Julho de 1814, Babbage se casou com Georgiana Whitmore, na Igreja de St. Michael em Teignmouth, Devon. O casal viveu em Dudmaston Hall, Shropshire (onde Babbage projetou o sistema de aquecimento central), antes de passar a morar no número 5 da rua Devonshire Street, em Portland Place, Londres.

Charles e Georgiana tiveram oito filhos, mas apenas quatro - Benjamin Babbage Herschel, Georgiana Whitmore, Dugald Bromhead Babbage e Henry Prevost - sobreviveram à infância. A esposa de Charles, Georgiana, morreu em Worcester em 1 de setembro de 1827, mesmo ano em que seu pai, seu segundo filho (também chamado Charles) e seu filho recém-nascido Alexander morreram. Sua decisão posterior para passar um ano viajando no continente registou uma atraso na construção de suas máquinas.

Charles Babbage morreu aos 79 anos em 18 de Outubro de 1871, e foi sepultado em Londres no Cemitério de Kensal Green. Segundo Horsley, Babbage morreu "de insuficiência renal, secundária à cistite". Em 1983, o relatório da autópsia para Charles Babbage foi descoberto e publicado mais tarde por seu trineto. Uma cópia do original também está disponível.

Ver também

  • Computador mecânico
  • Ada Lovelace
  • Luddismo

Referências



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Lista de filmes com temática LGBT de 2018


Lista de filmes com temática LGBT de 2018


Esta é uma lista de filmes que contém personagens e/ou temática lésbica, gay, bissexual, ou transgênera lançados em 2018.

Referências


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Oscar de melhor atriz


Oscar de melhor atriz


Oscar de Melhor Atriz (português brasileiro) ou Óscar de Melhor Actriz Principal (português europeu) (em inglês: formalmente Best Performance by an Actress in a Leading Role) é um dos prêmios oferecidos pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS), entregue em honra às atrizes que se destacam no papel principal de obras cinematográficas de determinado ano. A categoria está presente no Oscar desde a primeira cerimônia, ocasião em que Janet Gaynor venceu por sua interpretação em três distintos filmes: 7th Heaven, Sunrise: A Song of Two Humans e Street Angel. Atualmente, as indicadas são determinadas por voto único transferível de um grupo seleto de atores votantes; as vencedoras são escolhidas por maioria simples da votação da Academia.

Katharine Hepburn é a atriz que conquistou mais estatuetas, com quatro vitórias. Frances McDormand recebeu o prêmio três vezes. Treze atrizes venceram pelo menos duas vezes; em ordem cronológica: Luise Rainer, Bette Davis, Olivia de Havilland, Vivien Leigh, Ingrid Bergman, Elizabeth Taylor, Glenda Jackson, Jane Fonda, Sally Field, Jodie Foster, Hilary Swank, Meryl Streep e Emma Stone. Meryl Streep é a atriz com mais indicações na categoria, ao todo, 17 indicações. Quvenzhané Wallis detém o título de indicada mais jovem, com nove anos no papel em Beasts of the Southern Wild (2013); Marlee Matlin, por sua vez, detém o de vencedora mais jovem, quando venceu com vinte e um anos por Children of a Lesser God. Por outro lado, Emmanuelle Riva foi a indicada mais velha, pelo filme Amour (2012), aos oitenta e cinco anos; a vencedora mais velha foi a atriz Jessica Tandy, com oitenta anos de idade, por Driving Miss Daisy (1990).

Sophia Loren e Marion Cotillard são as únicas atrizes que venceram o prêmio por filmes de língua não-inglesa; esta por La môme (francês) e aquela por La ciociara (italiano). A brasileira Fernanda Montenegro é a única atriz lusófona indicada, por seu trabalho em Central do Brasil. Ocorreu apenas um empate nessa categoria, quando Katharine Hepburn e Barbra Streisand receberam a estatueta na edição de 1969. Seis mulheres desta lista conquistaram um Oscar Honorário por atuação: Greta Garbo, Barbara Stanwyck, Mary Pickford, Deborah Kerr, Gena Rowlands e Sophia Loren.

Vencedoras e indicadas

Na tabela a seguir, os anos estão listados de acordo com a realização da cerimônia dos prêmios da Academia e, em geral, correspondem ao ano seguinte de lançamento do filme no condado de Los Angeles. Para elegibilidade nas cinco primeiras edições, a obra cinematográfica deveria ser exibida entre 1 de agosto e 31 de julho do outro ano; a partir da sexta cerimônia, os doze meses necessários para indicação se estabilizaram entre 1 de janeiro e 31 de dezembro.

Década de 1920

Década de 1930

Década de 1940

Década de 1950

Década de 1960

Década de 1970

Década de 1980

Década de 1990

Década de 2000

Década de 2010

Década de 2020

Múltiplas vitórias e indicações


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Ernest Rutherford


Ernest Rutherford


Ernest Rutherford, o 1º Barão Rutherford de Nelson, OM, PC, PRS (Brightwater, Nova Zelândia, 30 de agosto de 1871 — Cambridge, 19 de outubro de 1937), foi um físico e químico neozelandês naturalizado britânico, que se tornou conhecido como o pai da física nuclear. Em um trabalho no começo da carreira, descobriu o conceito de meia-vida radioativa, provou que a radioatividade causa a transmutação de um elemento químico em outro, e também distinguiu e nomeou as radiações alfa e beta. Foi premiado com o Nobel de Química em 1908 "por suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioativas".

Sua contribuição foi, com certeza, para além da física e da química. Suas proposições, experimentações e métodos sobre radioatividade trouxeram inúmeras ferramentas e esse advento da radioatividade auxiliou muito áreas como geologia, arqueologia e paleontologia por meio da possibilidade de estimar a idade de rochas, espécimes ou fósseis. A motivação para isso, de acordo Arthur S. Eve, biógrafo de Rutherford, foi a idade da Terra. Certa vez, quando andava pelos arredores de Cambridge com um fragmento de pechblenda (minério oriundo do urânio) perguntou a um geólogo a idade da Terra e obteve como resposta uma estimativa de 100 milhões de anos, mas Rutherford argumentou que aquela amostra de minério possuía certamente 700 milhões de anos de idade.

Rutherford foi o primeiro cientista a propor que era possível usar a radioatividade para datação de rochas e em 1905 suas contribuições deram origem às técnicas de datação de materiais. E a genialidade foi a ideia de determinar a meia-vida de substâncias, e assim sua idade precisa. Meia-vida é o tempo necessário para metade de dada quantidade de material radioativo decair. A meia-vida de um material é bem determinada e não depende de condições físicas como pressão ou temperatura. Mais tarde, como resultado da datação radiométrica, geólogos, físicos e astrônomos concordaram que a Terra tinha idade na ordem bilhões de anos, bem próxima da estimativa atual que é 4,5 bilhões de anos.

Rutherford realizou sua obra mais famosa após ter recebido esse prêmio. Em 1911, ele defendeu que os átomos têm sua carga positiva concentrada em um pequeno núcleo, e, desse modo, criou o modelo atômico de Rutherford, ou modelo planetário do átomo, através de sua descoberta e interpretação da dispersão de Rutherford em seu experimento da folha de ouro. A ele é amplamente creditada a primeira divisão do átomo, em 1917, liderando a primeira experiência de "dividir o núcleo" de uma forma controlada por dois alunos sob sua direção, John Cockcroft e Ernest Walton.

Dedicada à sua memória, a Medalha e Prêmio Rutherford foi instituída pelo Conselho da Sociedade de Física em 1939. A primeira palestra ocorreu em 1942. A palestra foi convertida em uma medalha e prêmio em 1965, sendo a primeira Medalha e Prêmio Rutherford concedida no ano seguinte.

Biografia

Ernest Rutherford nasceu em Spring Grove (atual Brightwater), cidade portuária da ilha sul da Nova Zelândia, o quarto filho e segundo homem de uma família de sete filhos e cinco filhas. Seu pai, James Rutherford, um mecânico escocês, emigrou para a Nova Zelândia com toda a família em 1842. Sua mãe, nascida Martha Thompson, uma professora de inglês, com sua mãe viúva, também se mudou em 1855.

Ernest recebeu a sua educação em escolas públicas. Aos 16 anos entrou em Nelson Collegiate School. Graduou-se em 1893 em Matemática e Ciências Físicas na Universidade da Nova Zelândia. Após ter concluído os estudos, ingressou no Trinity College, Cambridge, como um estudante na investigação do Laboratório Cavendish sob a coordenação de J. J. Thomson. Foi na Inglaterra que Rutherford estudou as radiações de Urânio em pesquisas feitas em colaboração com o Frederick Soddy. Em 1902, ambos distinguem os raios alfa e beta e desenvolvem a teoria das desintegrações radioativas espontâneas. Uma oportunidade surgiu quando o lugar de professor de Física na Universidade McGill, em Montreal ficou vago. Em 1898 partiu para o Canadá, para assumir o posto. No mesmo ano, foi nomeado professor de Física da Universidade McGill, em Montreal, e em 1907 na Universidade Victoria em Manchester. Nessa época, Ernest formulou a hipótese de que a radiatividade não se tratava de um fenômeno comum a todos os átomos, mas somente de uma certa categoria. Esses estudos resultaram o livro Radiatividade, verdadeiro marco na história do progresso científico.

Apesar de ser um físico, recebeu o Nobel de Química de 1908, por suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioativas.

Ainda em Manchester, trabalhando em conjunto com Hans Geiger e Thomas Royds, Rutherford elucidou a natureza da chamada radiação alfa. Após comprovar que esta é formada por partículas com o dobro da carga elétrica de um elétron, em 1907 Rutherford e seus colegas elaboraram um experimento engenhoso no qual partículas alfa foram acumuladas em um tubo de vidro evacuado. Ao passar uma corrente elétrica pelo tubo, puderam observar claramente o espectro do gás hélio, provando assim que as partículas alfa eram na verdade átomos de hélio ionizados, mais tarde identificados como núcleos de hélio.

Rutherford realizou seus trabalhos mais famosos depois de receber o prêmio Nobel de 1908. Sob sua direção, em 1909 Hans Geiger e Ernest Marsden realizaram o famoso experimento (muitas vezes chamado no Brasil de "Experimento de Rutherford"), o qual demonstrou a natureza nuclear dos átomos através da deflexão de partículas alfa atravessando uma fina folha de ouro. Nesse experimento, Rutherford pediu a Geiger e Marsden que procurassem por partículas alfa refletidas por ângulos muito grandes, algo que não seria esperado dadas as teorias atômicas da época. Embora raras, tais deflexões foram de fato observadas, algo que Rutherford mais tarde descreveu como "... o evento mais incrível que aconteceu comigo em toda a minha vida. Foi quase tão incrível quanto se você atirasse um projétil de 15 polegadas num lenço de papel e ele ricocheteasse de volta e o atingisse". Para conseguir explicar a forma precisa com que as deflexões dependiam do ângulo, Rutherford foi levado em 1911 a formular o modelo atômico que leva seu nome - no qual concebeu o átomo como constituído de um núcleo minúsculo de carga positiva, contendo quase toda a massa do átomo, e orbitado por elétrons. Baseado na concepção de Rutherford, o físico dinamarquês Niels Bohr idealizaria mais tarde um novo modelo atômico.

Em 1919, antes de deixar Manchester para assumir a direção do Laboratório Cavendish em Cambridge, Rutherford se tornou a primeira pessoa a deliberadamente transmutar um elemento em outro. Bombardeando nitrogênio puro com radiação alfa, ele foi capaz de converter núcleos de nitrogênio em oxigênio. Nos produtos dessa reação nuclear, identificou partículas idênticas a núcleos de hidrogênio, demonstrando que estes eram partes constituintes do núcleo de nitrogênio - e, por inferência, provavelmente de outros núcleos também. Tal construção já havia sido suspeitada há tempos devido ao fato de a massa atômica de todos os elementos serem aproximadamente um múltiplo da do hidrogênio (Hipótese de Prout). Por conta dessas considerações, em 1920 Rutherford postulou então que o núcleo de hidrogênio deveria ser uma partícula fundamental, que ele denominou próton, a qual seria o elemento constituinte de todos os demais núcleos. Tais fatos levaram a que Rutherford fosse considerado como o fundador da física nuclear.

Rutherford dirigiu o Laboratório Cavendish desde 1919 até à sua morte, período em que foi Professor Cavendish de Física. Sua liderança e trabalho inspiraram duas gerações de cientistas.

Foi presidente da Royal Society de 1925 a 1930.

Recebeu a Ordem de Mérito em 1925 e em 1931 foi condecorado Barão Rutherford de Nelson, Cambridge, um título que foi extinto depois da sua inesperada morte, enquanto aguardava uma cirurgia de hérnia umbilical. Após tornar-se um Lord, ele só poderia ser operado por um médico também nobre (uma exigência do protocolo britânico) e essa demora custou-lhe a vida. Morreu em 19 de outubro de 1937 em Cambridge, e suas cinzas foram enterradas na Abadia de Westminster, perto das tumbas de Isaac Newton e outros grandes cientistas.

Participou da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 7ª Conferência de Solvay.

Publicações

  • Radioatividade (1904), 2nd ed. (1905)
  • Transformações Radioativas (1906)
  • Radiações de substâncias radioativas, com James Chadwick e CD Ellis (1919)
  • A estrutura elétrica da matéria (1926)
  • As transmutações artificiais dos Elementos (1933)
  • A Nova Alquimia (1937)

Ver também

  • Medalha e Prêmio Rutherford

Referências

Bibliografia

  • J. Campbell (1999) Rutherford: Scientist Supreme, AAS Publications, Christchurch
  • Reeves, Richard (2008). A Force of Nature: The Frontier Genius of Ernest Rutherford. New York: W. W. Norton. ISBN 0-393-33369-8
  • Rhodes, Richard (1986). The Making of the Atomic Bomb. New York: Simon & Schuster. ISBN 0-671-44133-7
  • Wilson, David (1983). Rutherford. Simple Genius, Hodder & Stoughton, ISBN 0-340-23805-4

Ligações externas

  • Ernest Rutherford em Nobelprize.org
  • «Perfil no sítio oficial do Nobel de Química 1908» (em inglês) 
  • «Nobel Lecture» (em inglês)  The Chemical Nature of the Alpha Particles from Radioactive Substances
  • «The Rutherford Museum» (em inglês) 




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Morte de Diana, Princesa de Gales


Morte de Diana, Princesa de Gales


Nas primeiras horas de 31 de agosto de 1997, Diana, Princesa de Gales, faleceu em um hospital de Paris, França, após ser gravemente ferida em um acidente de carro em um túnel rodoviário na mesma cidade. Seu namorado, Dodi Al-Fayed, e o motorista do Mercedes-Benz W140, Henri Paul, foram declarados mortos no local. Seu guarda-costas, Trevor Rees-Jones, sobreviveu com ferimentos graves.

Alguns meios de comunicação alegaram que o comportamento errático dos paparazzi seguindo o carro, conforme relatado pela BBC, contribuiu para o acidente. Em 1999, uma investigação francesa descobriu que Paul, que perdeu o controle do veículo em alta velocidade enquanto estava intoxicado por álcool e sob os efeitos de medicamentos prescritos, foi o único responsável pelo acidente. Ele era o vice-chefe da segurança do Hôtel Ritz e já havia instigado os paparazzi que esperavam por Diana e Al-Fayed do lado de fora do hotel. Antidepressivos e traços de um antipsicótico em seu sangue podem ter piorado a embriaguez de Paul. Em 2008, o júri de um inquérito britânico retornou um veredicto de homicídio ilegal pela negligência do motorista e os paparazzi por seguirem o veículo. Os primeiros relatos da mídia afirmavam que Rees-Jones sobreviveu porque estava usando cinto de segurança, mas outras investigações revelaram que nenhum dos ocupantes do carro estava usando cinto de segurança.

Diana tinha 36 anos na data de seu falecimento. Sua morte causou uma onda de luto público sem precedentes no Reino Unido e no mundo todo, e seu funeral foi assistido por cerca de 2.5 bilhões de pessoas. A família real britânica foi criticada na imprensa por sua reação à morte de Diana. O interesse público por Diana permaneceu alto e ela manteve a cobertura regular da imprensa nos anos após sua morte.

Circunstâncias

Mais tarde naquela noite de sábado de 30 de agosto, a princesa e Fayed saíram do Hôtel Ritz, na Praça Vendôme, Paris, e ficaram juntos na margem norte do Sena. Pouco tempo depois, a 0h25 do dia 31 de agosto, a Mercedes-Benz S 280 deles (com mudanças manuais) entrou no túnel abaixo da Praça de l'Alma em alta velocidade, seguido por nove fotógrafos franceses em motocicletas.

Na entrada do túnel, o carro perdeu o controle, desviou-se para a esquerda e colidiu diretamente com o décimo terceiro pilar que sustentava o teto, rodopiando até parar. Não havia contratrilhos entre os pilares para prevenir isso. Dois americanos que estavam em Paris ouviram o barulho e correram para o local. Joanna Luz e Tom Richardson, ambos de San Diego, contaram à CNN que estavam caminhando pelo Sena quando ouviram uma explosão e tiros agudos vindos do túnel (estas testemunhas oculares não foram identificadas pela Scotland Yard).

Tom Richardson

Joanna Luz

Mesmo com as vítimas do acidente seriamente feridas ou mortas dentro do carro destroçado, os fotógrafos continuaram a tirar fotos. Alega-se que Diana, em estado crítico, murmurou repetidas vezes: "oh, meu Deus", e, depois que os paparazzi foram retirados pelas equipas de emergência, que teria dito as palavras "me deixem em paz".

Dodi Fayed e Henri Paul tiveram morte instantânea. Trevor Rees-Jones estava ainda consciente e tinha sofrido múltiplas e sérias lesões no rosto. A perícia técnica, chamada Operation Paget confirmou que nenhum dos ocupantes do carro estava usando cinto de segurança no momento da colisão. Muitos especulam que, se Diana estivesse usando-o, seus ferimentos não teriam sido letais. A princesa ficou presa nas ferragens por cerca de uma hora, o teto foi cortado e ela pôde ser retirada viva. Depois de estabilizarem os seus sinais vitais no local, Diana foi levada por uma ambulância ao Hospital Pitié-Salpêtrière, chegando lá pouco depois das 2h00 da madrugada. Apesar das tentativas de salvá-la, seus ferimentos internos eram muito extensos: devido ao choque contra o banco do ocupante, seu coração foi deslocado do lado esquerdo ao direito do seu peito, rompendo a veia pulmonar esquerda e o pericárdio, o que causou uma enorme hemorragia interna. Ela foi submetida a uma cirurgia de emergência, mas os danos eram irreparáveis. Duas horas mais tarde, às 4h00 da madrugada, devido ao choque hipovolêmico e à falência cardiorrespiratória, os médicos anunciaram que Diana havia falecido. Às 5h30, sua morte foi anunciada à conferência de imprensa feita por um doutor do hospital, Jean-Pierre Chevènement (ministro do Interior da França) e Sir Michael Jay (embaixador britânico da França).

Mais tarde naquela manhã, Chevènement, junto com Lionel Jospin, o então primeiro-ministro, com Bernadette Chirac, esposa do presidente Jacques Chirac, e com Bernard Kouchner, ministro da Saúde, visitaram o quarto de hospital onde estava Diana, já morta, a fim de prestar respeito. Depois de suas visitas, o arcediago anglicano da França, Bispo Martin Draper, disse orações comendatórias do Livro de Oração Comum.

Por volta das 2h00 da madrugada, o Príncipe de Gales e as duas irmãs de Diana, Lady Sarah McCorquodale e Lady Jane Fellowes, chegaram em Paris; eles deixaram seu corpo noventa minutos depois.

Eventos seguintes

Repórteres da mídia inicialmente disseram que o carro de Diana tinha colidido no pilar numa velocidade de 190 km/h (120 mph) e que o ponteiro do velocímetro tinha emperrado nesta posição. Foi anunciado depois que a velocidade verdadeira do carro durante a colisão estava entre 95 e 110 km/h (60-70 mph) e que o velocímetro não tinha ponteiro, já que era digital; isso divergia com a lista de equipamentos avaliáveis do Mercedes-Benz W140 S-Class, que usava um velocímetro analógico computadorizado. O carro certamente estava circulando muito mais rápido do que o limite de velocidade legal de 50 km/h (30 mph) e mais rápido do que era prudente para passar sob a Ponte de l'Alma. Em 1999, a investigação francesa concluiu que o Mercedes teve contato com outro veículo (um Fiat Uno branco) dentro do túnel. O motorista do Fiat Uno nunca foi identificado, e o veículo em questão nunca foi achado.

Os juízes franceses concluíram também naquele ano, com uma investigação de 6 mil páginas, que o acidente foi causado por um motorista intoxicado que tentava fugir de paparazzi em alta velocidade.

Em novembro de 2003, foi declarado que Christian Martinez e Fabrice Chassery, que tiraram fotografias das vítimas depois do acidente, e Jacques Langevin, que tirou fotografias do casal depois que este saiu do Hotel Ritz, romperam as leis de privacidade francesas.

Em 6 de janeiro de 2004, seis anos e quatro meses depois de sua morte, um inquérito sobre as mortes de Diana e Dodi foi aberto em Londres por Michael Burgess, o magistrado encarregado pela Rainha de investigar mortes suspeitas. Burgess pediu ao comissário do Serviço de Polícia Metropolitano, Sir John Stevens, para fazer investigações, em resposta às especulações em volta da morte de Diana. A equipe da Polícia Metropolitana divulgou as informações obtidas na Operação Paget em dezembro de 2006.

Em janeiro de 2006, Stevens explicou numa entrevista com à estação de televisão GMTV que o caso era mais complicado do que imaginava. O jornal The Sunday Times escreveu em 29 de janeiro de 2006 que agentes do serviço secreto britânico foram minuciosamente examinados, uma vez que estavam em Paris no horário do acidente. Foi sugerido que tais agentes trocaram o exame de sangue do motorista por outro exame.

Em 13 de julho de 2006, a revista italiana Chi publicou fotos mostrando a princesa em seus "últimos momentos", apesar de um escurecimento não-oficial nas imagens também ser publicado. As fotografias foram tiradas pouco tempo depois do acidente e mostram a princesa deitada no banco traseiro enquanto um paramédico tentava colocar uma máscara de oxigênio em seu rosto ensanguentado. A mesma fotografia foi também publicada em outras revistas, espanholas e italianas, bem como em jornais desses países.

O editor da Chi defendeu-se alegando que somente as publicou pela "simples razão de que elas não tinham sido vistas ainda". Também disse que as imagens não desrespeitavam a memória da princesa. A mídia britânica recusou-se publicar as imagens.

Teorias da conspiração

Embora todas as investigações apontem a morte da princesa Diana como acidental, Mohamed Al-Fayed e o Daily Express apoiam teorias da conspiração, afirmando que ela foi assassinada.

Henri Paul

A conclusão das investigações francesas de que Henri Paul estava embriagado tem como base a análise das amostras de seu sangue, que continham um nível de álcool (de acordo com Jay em dezembro de 1997) três vezes maior do que o limite legal. Essa análise inicial foi desafiada por um patologista britânico contratado pelos Fayed. Em resposta, as autoridades francesas ordenaram um terceiro teste, desta vez usando o medicalmente mais conclusivo fluido da esclera (branco do olho), que confirmou o alto nível de álcool no sangue de Henri Paul e que também mostrou que o motorista estava tomando antidepressivos. Foi alegado, na noite do acidente pela CCTV, que o nível de álcool encontrado não era consistente com o comportamento sóbrio de Henri Paul.

As família de Dodi Al-Fayed e de Henri Paul não aceitaram as informações obtidas pela investigação francesa. Fayed acredita que uma conspiração bastante elaborada foi feita para matar seu filho e a princesa.

Em novembro de 2006, várias fontes de notícias disseram saber sobre a identidade da pessoa à qual as amostras de sangue verdadeiramente pertenciam. Elas pertenceriam provavelmente a uma vítima de suicídio. O patologista forense francês Dominique Lecomte foi acusado de tentar induzir a investigação a erros, mas não há evidências. Outras fontes disseram que enquanto havia erros e omissões no relatório dos patologistas, amostras de DNA confirmavam que o dono do sangue com alto nível de álcool era realmente o motorista.

Em 10 de dezembro de 2006, foi notificado que a evidência do DNA conclui que o sangue testado era o de Henri Paul. A BBC disse que os testes confirmavam que as amostras póstumas de sangue originais eram do motorista e que ele tinha três vezes mais o limite legal de álcool no sangue.

Em dezembro de 2006, o inquérito sobre os eventos de 31 de agosto de Lord Stevens, ex-chefe do Serviço de Polícia Metropolitano, notaram que Henri Paul estava dispensado naquela noite em questão. Porém, foi convocado inesperadamente por Dodi Al-Fayed, que solicitou que ele dirigisse. Ele não esperava ser chamado para dirigir, o inquérito concluiu, quando ele começou a beber naquela noite, no bar do Hotel Ritz. Uma busca no seu apartamento não revelou nenhum hábito de beber bebidas fortes, mas achou uma coleção de álcool consistente com o hábito de beber socialmente e com moderação.

Envolvimento do MI6

Richard Tomlinson, um ex-agente do MI6, disse que o Serviço Secreto de Inteligência Britânica estava monitorando a princesa Diana antes de sua morte, que seu motorista era um agente do MI6 e que sua morte se espelhava com os planos que ele viu em 1992 para o assassinato do então presidente da Sérvia, Slobodan Milošević. Tomlinson foi apreendido pelas autoridades francesas em julho de 2006, como parte do inquérito sobre a morte da princesa, e a polícia apoderou-se de arquivos de seu computador e de papéis em sua casa em Cannes.

Gravidez

Entre os motivos que dão razões para o "assassinato" de Diana, está incluída a especulação de que ela estaria grávida de Dodi. Em janeiro de 2004, o ex-magistrado encarregado pela Rainha de investigar mortes suspeitas, Dr. John Burton, disse numa entrevista com o jornal The Times que ele estava presente na examinação póstuma do corpo da princesa no mortuário de Fulham, onde Burton pessoalmente examinou seu útero, concluindo que ela não estava grávida. O relatório de Lord Stevens confirma isso.

Mais tarde, a rede de televisão americana CBS transmitiu imagens do acidente, mostrando intactos o lado traseiro e a parte central da Mercedes, incluindo uma Diana não-ensanguentada e sem ferimentos externos, agachada no fundo traseiro do veículo, com suas costas ao banco passageiro direito - a porta direita do carro intacto está completamente aberta. A permissão para divulgação dessas imagens causou tumulto no Reino Unido, onde se acreditava que a privacidade da princesa estava sendo infringida. Isso incitou mais uma ação judicial para Mohamed Al-Fayed. Aproximadamente, vinte fotos desconhecidas do acidente devem estar arquivadas com a CBS.

Em outubro de 2003, o Daily Mirror publicou uma carta da princesa Diana, na qual, dez meses antes de sua morte, ela escreveu sobre um possível plano para matá-la, bulindo os freios de seu carro. "Essa fase particular em minha vida é a mais perigosa". A princesa também disse que [nome deletado] "estava planejando 'um acidente' em seu carro, falha dos freios e sérios ferimentos na cabeça, em ordem para deixar o caminho limpo para Charles se casar".

Cinto de segurança

Houve uma discussão da mídia em abril de 2006, sugerindo que Diana não costumava usar cinto de segurança. Além disso, o fato de ambos não estarem usando cinto de segurança ou o fato dos cintos terem falhado foram sinistros, aumentando as ideias sobre sabotagem. Outra questão é se a princesa usou o cinto de segurança o tempo todo.

"O certo é que ela não estava usando um cinto de segurança, o que faz as coisas piores. Nós gostaríamos de pensar que, se ela estivesse usando um, poderíamos tê-la salvo". Prof. Andre Lienhart, que revisou a resposta dos serviços de emergência para a investigação do governo francês.

Transporte ao hospital

O tablóide britânico Daily Express mantém viva a questão do por quê a ambulância que transportava Diana demorou em torno de setenta minutos para viajar 3,7 milhas até o Hospital Pitié-Salpêtrière, passando por dois outros hospitais no caminho. Numa entrevista com o programa nomeado 'Who Killed Diana?, o cirurgião que operou a princesa explicou que a jornada demorada pode ter diminuído as chances de sobrevivência. Ele também explicou que os três hospitais em Paris operam numa rota para tratamento de sérios ferimentos. Na noite do acidente, Pitié-Salpêtrière ficou sobrecarregado em lidar com tais ferimentos.

Funeral e reação pública

A morte de Diana foi recebida com extraordinárias expressões públicas de pesar, e seu funeral na Abadia de Westminster em 6 de setembro de 1997 atraiu três milhões de lamentadores em Londres, bem como uma cobertura de televisão ao redor do mundo, o que dominou as notícias da morte, no dia anterior, da Madre Teresa em Calcutá.

Mais de um milhão de buquês foram deixados na residência londrina da princesa, o Palácio de Kensington, enquanto que perto da propriedade ancestral de sua família, Althorp, se pedia ao público para parar de trazer flores, como o volume de gente e de flores nas circundantes estradas estava causando uma ameaça à segurança pública.

A reação da família real à morte da princesa Diana causou um inédito montante de ressentimento e protesto; esse fato, com as discussões privadas da Rainha com o primeiro-ministro Tony Blair, é representado no filme A Rainha, de 2006. A Rainha Elizabeth II estava na sua residência no Castelo de Balmoral, e sua decisão inicial de não retornar à Londres e de não fazer mais publicamente pranteadeira foi muito criticada naquele tempo.

A rígida aderência da família real ao protocolo foi interpretada por alguns como uma falta de compaixão: a recusa do Palácio de Buckingham de não hastear o Estandarte Real a meio-pau (posição de bandeira) provocou furiosas manchetes em jornais. "Where is our Queen? Where is her Flag?", perguntou The Sun. A postura do palácio era uma do protocolo real - o Estandarte Real nunca é hasteado a meio-pau e é a bandeira do soberano, e o soberano nunca morre: o novo monarca imediatamente sucedeu seu ou sua antecessor(a). Ao invés disso, a bandeira do Reino Unido foi rebaixada para meio-pau no Palácio de Buckingham, como a rainha deixou o palácio para ir à Abadia de Westminster no dia do funeral de Diana.

A Rainha, que retornou à Londres de Balmoral, concordou com uma transmissão via televisão para a nação. Em Downing Street, o que era para ser uma seção gravada virou uma transmissão ao vivo, e o roteiro foi revisado por Alastair Campbell para ficar mais "humano".

As pessoas que acompanharam o processo do funeral depositaram flores antes de sua jornada e depois do serviço, e veículos até mesmo pararam na parte oposta da auto-estrada M1 enquanto o carro que levava o caixão da princesa, acompanhado de motocicletas da polícia, passava na rota em direção a Althorp. Fora da Abadia de Westminster, multidões alegravam as dúzias de celebridades que entravam em fila na abadia; entre elas, o cantor Sir Elton John (que cantou e reescreveu a canção "Candle in the Wind", sob o nome de "Candle in the Wind 1997"). O serviço foi transmitido via televisão ao redor do mundo, e altifalantes foram colocados fora da abadia, para que as pessoas pudessem ouvir o que se passava lá dentro. O protocolo foi menosprezado quando os convidados aplaudiram o discurso do irmão de Diana, Lord Spencer, que criticou fortemente a imprensa e indiretamente a família real, por seu tratamento para com Diana.

Diana, Princesa de Gales, está enterrada em Althorp em Northamptonshire, numa ilha no meio de um lago, chamado de "Roda Oval". Em seu caixão, ela usava um vestido Catherine Walker preto, e um roseiral foi posto entre suas mãos. Um centro de visita é aberto durante os meses de verão em Althorp, permitindo que visitantes possam ver uma exibição sobre a vida da princesa e possam andar em volta do lago.

Quatro semanas após seu funeral, foi estimado que a taxa de suicídios na Inglaterra e em Gales cresceu aproximadamente 17%, se comparado com o número suicídios de anos anteriores. Estudiosos acreditam que isso foi causado pelo efeito da "identificação", pois 45% das vítimas eram similares à Diana: mulheres com idade entre vinte e cinco e quarenta e quatro anos.

Mesmo com os anos que se seguiram após sua morte, o interesse na vida de Diana continua alto, especialmente nos Estados Unidos. Numerosos manufaturadores de coleções permanecem a produzir mercadorias de Diana, como bonecas. Algumas pessoas até mesmo consideram Diana uma santa, gerando muita polêmica.

Como um memorial temporário à Diana, o público co-optou a Flamme de Liberté (Chama de Liberdade), um monumento perto do túnel da Ponte de l'Alma, relacionando-o com a doação francesa da Estátua da Liberdade para os Estados Unidos. As mensagens de condolência têm sido desde então removidas pelas autoridades, mas isso não impede que turistas e visitantes deixem mensagens no lugar em sua memória. A parede de concreto na borda do túnel ainda é usada como um memorial improvisado para pessoas escreverem seus pensamentos e sentimentos a respeito da princesa. Em 6 de julho de 2004, um memorial permanente, a Fonte Memorial de Diana, Princesa de Gales, foi inaugurado em Hyde Park, Londres, mas já foi fechado duas vezes para reparos e é criticado por não ser "especial" o suficiente para lembrar Diana.

Investigação de 2004-2006

Lord Stevens, ex-chefe da Polícia Metropolitana, dirigiu uma investigação a respeito das circunstâncias da morte de Diana. O inquérito anunciou que tinha achado uma "nova evidência forense" e novas testemunhas e comentou que o caso era "mais complexo que qualquer um já pensou" e que algumas questões feitas por Mohamed Al-Fayed estavam prontas para serem respondidas. O relatório, que custou quatro milhões de dólares, tinha 832 páginas de tamanho A4, com 324 800 mil palavras e 16 capítulos e foi elaborado durante 3 anos por uma equipe de 15 detetives, que ouviram 300 testemunhas e que analisou 1 500 documentos. Tinha como objetivo acabar com as suspeitas de conspiração e de obstrução de Justiça por parte da Família Real Britânica, nomeadamente de Philip, Duque de Edimburgo, a quem Mohamed Al-Fayed acusa de ser racista e de ter se envolvido com agentes secretos do MI5 e MI6.

Conclusões de dezembro de 2006

Em 14 de dezembro de 2006, o inquérito publicou as informações obtidas pelo relatório da Operação Paget. Abaixo estão algumas dessas informações desse inquérito:

  • A batida no 13° pilar do túnel ocorreu numa velocidade de 98 a 101 km/h.
  • Um grau de alcoolemia de 1,7 g/l no sangue do motorista Henri Paul foi detectado.
  • Análises de DNA mostram que as amostras de sangue pertenciam realmente ao motorista, acabando com a tese de que o sangue havia sido trocado. O sangue de Henri Paul foi comparado com o de seus pais.
  • Henri Paul estava dispensado na noite em questão, mas foi convocado de repente por Dodi Al-Fayed, que pediu a ele para que dirigisse. Ele não esperava que seus serviços fossem requeridos e por isso bebeu naquela noite. Uma procura em seu apartamento, entretanto, não revelou o hábito de beber excessivamente.
  • Um quantia de 2 800 euros foi encontrada no bolso do motorista, que recebeu do DST (Direction de Surveillance du Territoire, serviço secreto francês) por informações sobre o casal.
  • As mortes da princesa Diana e de seu namorado Dodi Al-Fayed foram causadas por um acidente automobilístico, em função da condução errática e veloz do motorista Henri Paul, que se encontrava sob os efeitos do álcool e de um coquetel de drogas; rejeitando assim teorias da conspiração que alegam a tese de assassínio.
  • Foi notificado que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos estivera monitorando as conversas de telefone de Diana (incluindo aquelas realizadas na noite do acidente), sem a permissão dos serviços de segurança do Reino Unido; mas os oficiais da NSA negam que Diana era um "alvo". Depois disso, Lord Stevens declarou que não havia "nada nas gravações (americanas) que pudesse realmente ajudar nesta investigação".
  • Diana não estava noiva e não pretendia ficar noiva de Dodi, o que esconjura o testemunho do príncipe William, muito próximo à mãe. Dodi havia comprado um anel, o qual Diana estava usando na hora do desastre, mas que seria um "anel de amizade", de acordo com o ex-mordomo da princesa, Paul Burrell.

Comentário de Lord Stevens

"A nossa conclusão é de que, com todos os dados disponíveis até hoje, não houve nenhuma conspiração contra qualquer ocupante daquele carro. Foi um trágico acidente. Estamos certos que a princesa de Gales não estava grávida no momento da sua morte. A nossa conclusão assenta em testes médico-legais, feitos ao sangue que encontramos no Mercedes".

Opiniões contrárias ao inquérito

Em declarações a BBC, o pai de Dodi, Mohamed Al-Fayed, diz ter pareceres de cinco especialistas da medicina legal que são contrários às conclusões do relatório de Stevens, que é um "tolice" segundo o milionário empresário. Mohamed recebeu um exemplar do relatório, mas não estava presente em seu escritório na famosa loja de departamentos da Harrods, e vai contestar as conclusões em sessões num tribunal nos dias 8 e 9 de Janeiro. Mohamed ainda está procurando detalhes sobre o paradeiro do Fiat Uno branco que bateu no Mercedes antes do acidente na pilastra.

Inquérito de 2007

Um novo inquérito sobre a morte de Diana, Princesa de Gales, e de Dodi Al-Fayed iniciou-se no dia 8 de janeiro de 2007, submetido a Dame Elizabeth Butler-Sloss. Em 24 de abril de 2007, ela pediu demissão, alegando que não possui "o grau de experiência em casos de júri" necessário para uma investigação importante como a morte de Diana. O caso será transferido em junho para o lorde da Justiça Scott Baker.

Problemas mecânicos no veículo do acidente

O acidente deu-se com um Mercedes S280, propriedade do hotel Ritz, de Paris.

Em maio de 2017, foi revelado que o veículo já tinha tido um acidente em que capotou várias vezes, antes de ficar destruído. Depois, obteve-se autorização para que o carro fosse reconstruído. Karim Kazi, antigo motorista do hotel contou ter advertido a chefia para o perigo que o carro comportava, tendo aconselhado os seus superiores a retirá-lo de circulação, afirmando que "A partir dos 60 quilómetros por hora, era impossível controlá-lo".

Ver também

  • Praça Diana
  • The Queen, um filme de 2006.
  • Princess Diana's Revenge, um romance de 2006 que relaciona a morte de Diana e teorias de conspiração.

Referências

Ligações externas

  • Artigo da CNN: Poderia um cinto de segurança ter salvo Diana? (em inglês)

Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Morte de Diana, Princesa de Gales by Wikipedia (Historical)