Calendário é um sistema para contagem e agrupamento de dias que visa a atender principalmente às necessidades civis e religiosas de uma cultura. A palavra deriva do latim calendarium, "livro de registro", que, por sua vez, deriva de calendae, que indicava o primeiro dia de um mês romano. As unidades principais de agrupamento dos dias são o mês e o ano.
A unidade básica para a contagem do tempo é o dia, que corresponde ao período de tempo entre dois eventos equivalentes sucessivos: por exemplo, o intervalo de tempo entre duas ocorrências do nascer do Sol, que corresponde, em média (dia solar médio), a 24 horas.[carece de fontes?]
O mês lunar corresponde ao período de tempo entre duas lunações, cujo valor aproximado é de 29,5 dias.[carece de fontes?]
O ano solar é o período de tempo decorrido para completar um ciclo de estações (primavera, verão, outono e inverno). O ano solar médio tem a duração de aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 47 segundos (365,2422 dias). Também é conhecido como ano trópico. A cada quatro anos, as horas extra acumuladas são reunidas no dia 29 de Fevereiro, formando o ano bissexto, ou seja, o ano com 366 dias.[carece de fontes?]
Os calendários antigos baseavam-se em meses lunares (calendários lunares) ou no ano solar (calendário solar) para contagem do tempo.[carece de fontes?]
Embora não houvesse comunicações e nem os povos antigos conhecessem outros modelos mais precisos para a contagem do tempo, foram os calendários mais simples como a lunação e os sete dias da semana que permitiram aos historiadores refazer em tempo real todos os eventos históricos.[carece de fontes?]
Hoje em dia se sabe que os caçadores-coletores da Era do Gelo na Europa foram os primeiros humanos á utilizarem um calendário sistêmico baseado na lua em que se era registrado os eventos ecológicos ocorridos durante aquele tempo, além de também calcular e marcar o nascimento de animais.
Antes de Júlio César criar, com a ajuda do astrônomo Sosígenes, o calendário dito juliano, os romanos tinham meses lunares, que começavam em cada lua nova. No primeiro dia da lua nova, chamado "dia das calendas" (calendae), um dos pontífices convocava o povo no Capitólio para informar as celebrações religiosas daquele mês. O pontífice mencionava, um por um, os dias que transcorreriam até as nonas, repetindo, em voz alta, a palavra calo, "eu chamo".
A partir do calendário juliano, que não era lunar, as nonas foram o quinto dia nos meses de trinta dias e o sétimo nos meses de trinta e um. De calendae, os romanos criaram o adjetivo calendarius, "relativo às calendas", e o substantivo calendarium, com o qual designavam o livro de contas diárias e, mais tarde, o registro de todos os dias do ano.[carece de fontes?]
Em nossa língua portuguesa, até o século XIII, a palavra "calendas" era empregada, no entanto, para denominar o primeiro dia de cada mês e calendário a lista dos dias do ano com suas correspondentes festividades religiosas. O calendário dos gregos não tinha calendas e, assim, os romanos conceberam a expressão Ad calendas graecas, "para as calendas gregas", para referir-se a algo que não iria ocorrer nunca.[carece de fontes?]
Calendários em uso na Terra são frequentemente os lunares, solares, lunissolares ou arbitrários. Um calendário lunar é sincronizado com o movimento da Lua; um exemplo disso é o calendário islâmico. Um calendário solar é sincronizado com o movimento do Sol; um exemplo é o calendário persa. Um calendário luni-solar é sincronizado com ambos os movimentos do Sol e da Lua; um exemplo é o calendário hebraico. Um calendário arbitrário não é sincronizado nem com o Sol nem com a Lua. Um exemplo disso é o calendário juliano usado por astrônomos. Há alguns calendários que parecem ser sincronizados com o movimento de Vênus, como o calendário egípcio; a sincronização com Vênus parece ocorrer principalmente em civilizações próximas ao equador.[carece de fontes?]
Praticamente todos os sistemas de calendário utilizam uma unidade coloquialmente chamada de ano, que se aproxima do ano tropical da Terra, ou seja, o tempo que leva um completo ciclo de estações, visando facilitar o planejamento de atividades agrícolas. Muitos calendários também usam uma unidade de tempo chamada mês baseado nas fases da Lua no céu; um calendário lunar é aquele no qual os dias são numerados dentro de cada ciclo de fases da Lua. Como o comprimento do mês lunar não se encaixa em um divisor exato dentro do ano tropical, um calendário puramente lunar rapidamente se perde dentro das estações. Os calendários lunares compensam isso adicionando um mês extra quando necessário para realinhar os meses com as estações.[carece de fontes?]
No ocidente, o calendário juliano baseado em anos foi o adotado. Ele numera os dias dentro dos meses, que são mais longos que o ciclo lunar, por isso não é conveniente para seguir as fases da Lua, mas faz um trabalho melhor seguindo as estações. Infelizmente, o ano tropical da Terra não é um múltiplo exato dos dias (é de aproximadamente 365,2422 dias), então lentamente cai fora de sincronia com as estações. Por essa razão, o calendário gregoriano foi adotado mais tarde na maior parte do ocidente. Por usar um recurso matemático de ano bissexto (os anos centenários são bissextos somente se puderem ser divididos por 400 e seu resultado for sem fração, logo, quando for, por exemplo, 2 100, 2 200, 2 300, 2 500 e 2 600, estes anos não serão bissextos), pode ser ajustado para fechar com as estações como desejado.[carece de fontes?]
Calendários podem definir outras unidades de tempo, como a semana, para o propósito de planejar atividades regulares que não se encaixam facilmente com meses ou anos. Calendários podem ser completos ou incompletos. Calendários completos oferecem um modo de nomear cada dia consecutivo, enquanto calendários incompletos não.[carece de fontes?]
Podem ser pragmáticos, teóricos ou mistos. Um calendário pragmático é o que é baseado na observação; um exemplo é o calendário religioso islâmico. Um calendário teórico é aquele que é baseado em um conjunto estrito de regras; um exemplo é o calendário hebraico. Um calendário misto combina ambos. Calendários mistos normalmente começam como calendários teóricos, mas são ajustados pragmaticamente quando algum tipo de assincronia se torna aparente; a mudança do calendário juliano para o calendário gregoriano é um exemplo, e o próprio calendário gregoriano pode ter que receber algum ajuste próximo ao ano 4000 (como foi proposto por G. Romme para o calendário revolucionário francês revisado). Houve algumas propostas para a reforma do calendário, como o calendário mundial ou calendário perpétuo. As Nações Unidas consideraram a adoção de um calendário reformado por um tempo nos anos 1950, mas essas propostas perderam muito de sua popularidade.[carece de fontes?]
O calendário gregoriano, como um exemplo final, é completo, solar e misto.[carece de fontes?]
Nem todos os calendários usam o ano solar como uma unidade. Um calendário lunar é aquele em que os dias são numerados dentro de cada ciclo das fases da lua. Como o comprimento do mês lunar não é nem mesmo uma fração do comprimento do ano trópico, um calendário puramente lunar rapidamente desalinha-se das estações do ano, que não variam muito perto da linha do Equador. Permanece constante, no entanto, em relação a outros fenômenos, especialmente as marés. Um exemplo é o calendário islâmico. Alexander Marshack, em uma obra controversa, acreditava que as marcas em um bastão de osso (cerca de 25 000 a.C.) representavam um calendário lunar. Outros ossos marcados também podem representar calendários lunares. Da mesma forma, Michael Rappenglueck acredita que as marcas de uma pintura rupestre de 15 mil anos de idade representam um calendário lunar.
Um calendário fiscal (como um calendário 4-4-5) fixa, para cada mês, um determinado número de semanas, para facilitar as comparações de mês para mês e de ano para ano. Janeiro sempre tem exatamente 4 semanas (de domingo a sábado), fevereiro tem quatro semanas, março tem cinco semanas etc. Note-se que este calendário vai precisar adicionar uma 53ª semana a cada 5 ou 6 anos, que pode ser adicionada a dezembro ou pode não ser, dependendo de como a organização utiliza essas datas. Existe um modo padrão internacional para fazer isso: a semana ISO. A semana ISO começa na segunda-feira e termina no domingo. A semana 1 é sempre a semana que contém 4 de janeiro no calendário gregoriano.[carece de fontes?]
Calendários fiscais também são usados pelas empresas. Neste caso o ano fiscal é apenas um conjunto qualquer de 12 meses. Este conjunto de 12 meses pode começar e terminar em qualquer ponto do calendário gregoriano. É o uso mais comum dos calendários fiscais.[carece de fontes?]
O calendário juliano foi organizado pelo sábio Sosígenes de Alexandria, no ano 46 a.C. O nome é uma homenagem a Júlio César, na altura pontífice máximo da República Romana, a quem competia a tarefa de decidir quando se introduziam os meses intercalares no calendário romano tradicional, um calendário lunissolar. A reforma do calendário juliano entrou em vigor no dia 1 de janeiro do ano 45 a.C., tornando o calendário romano num calendário solar, alinhado pelas estações do ano, à semelhança do calendário egípcio já então em vigor. As principais características desta foram:
O calendário juliano, com as modificações feitas por Augusto, continua sendo utilizado pelos cristãos ortodoxos em vários países. Nele, os anos bissextos ocorrem sempre de quatro em quatro anos, enquanto no calendário gregoriano não são bissextos os anos seculares exceto os múltiplos de 400, o que hoje acumula uma diferença para o calendário gregoriano de 13 dias. Assim, o dia 13 de junho de 2024 no calendário gregoriano, é dia 31 de maio de 2024 no calendário juliano.
Diz-se, tradicionalmente, que o calendário romano foi estabelecido por Rómulo à época da criação de Roma,[carece de fontes?] em 753 a.C. tinha 10 meses e totalizavam 304 dias. Foi modificado por Numa Pompílio[carece de fontes?] que o transformou para lunissolar, com doze meses totalizando 355 dias que para manter o calendário alinhado com o ano solar se adicionava um mês extra, mensis intercalaris, de dois em dois anos, fazendo dos anos uma sequência irregular de 355, 377, 355, 378 dias e que ainda dependia de ajustes. A decisão de inserir o mês extra era de responsabilidade do pontífice máximo (pontifex maximus), que buscava manter o calendário em sincronia com os eventos sazonais de translação da Terra, o que nem sempre era preciso.
Em 46 a.C., Júlio César, percebendo que as festas romanas marcadas para março (que era então o primeiro mês do ano), estavam a ocorrer em pleno inverno, também pela falta da introdução de meses intercalares nos últimos 10 anos, preparou uma profunda reforma do calendário, seguindo de forma prática o modelo do calendário egípcio com o conselho do astrônomo alexandrino Sosígenes.
As modificações realizadas a partir desses estudos modificaram radicalmente o calendário romano: dois meses, Unodecembris e Duocembris foram adicionados ao final do ano de 46 a.C., deslocando assim Januarius e Februarius para o início do ano de 45 a.C.. Os dias dos meses foram fixados numa sequência de 31, 30, 31, 30... de Januarius a Decembris, à exceção de Februarius, que ficou com 29 dias e que, a cada três anos, teria 30 dias.
Com estas mudanças, o calendário anual passou a ter doze meses que somavam 365 dias. O mês de Martius, que era o primeiro mês do ano, continuou sendo a marcação do equinócio. Foi abandonado o formato lunissolar do calendário romano se fixando para um calendário predominantemente solar, se substituiu o mês intercalar Mercedonius de 22 e 23 dias por apenas um dia chamado de dia extra que deveria ser incluso no 24º dia de Februarius, "ante die sextum kalenda martias", que, em função da forma de contagem dos romanos acabou criando o conceito de ano bissexto, de 366 dias que deveria ocorrer de quatro em quatro anos.
Os anos bissextos definidos no calendário juliano para ocorrer de 4 em 4 anos resultavam num valor médio do ano de 365,25 dias que se aproximava muito bem do valor do ano trópico atualmente equivalente a 365,2422 dias.
O ano 46 a.C., no qual foi preparada a reforma, teve de ser acrescentado e acabou por chegar aos 443 dias, de modo a que o novo calendário se iniciasse nas calendas de janeiro ou 1 de janeiro, dia em que provavelmente também ocorreu uma Lua nova e o início de um novo mês lunar.
Esse ano foi recordado como o último ano da confusão segundo as palavras do historiador Macróbio, tendo em conta a confusão que antes já ocorria com a decisão (nem sempre cumprida) de introduzir meses intercalares no anterior calendário lunissolar, daí resultando uma sequência irregular de 355, 377, 355 ou 378 dias.
Durante o Império Romano, tornou-se comum a substituição do nomes dos meses por nomes dos imperadores da época, sendo que alguns deles foram radicais nesta prática: o exemplo de Cómodo, que mudou o nome de todos eles, a começar por Januarius que se chamou Amazonius, e Augustus por Commodus.
No entanto, as alterações posteriores ao imperador Augusto acabaram por ser abandonadas.
Em 44 a.C., poucos meses depois da morte de Júlio César, o senado romano mudou o nome do mês Quintilis para Julius (mês de 31 dias), em sua homenagem, por ser o mês em que tinha nascido.
Como os anos bissextos, depois da morte de Júlio César não foram contados correctamente de 4 em 4 anos, mas de 3 em 3 anos, o imperador Augusto, também na qualidade de pontífice máximo determinou que a partir do ano 12 a.C. não houvesse anos bissextos até ao ano 8 d.C., para compensar os dias bissextos introduzidos a mais. Após o ano 8 d.C., os meses organizaram-se da seguinte forma:
Também o senado romano, em homenagem ao imperador Augusto, modificou o nome do mês Sextilis (mês de 30 dias) para Augustus. Mas para que o mês não ficasse mais pequeno do que o dedicado a Júlio César, foram feitas alterações no tamanho dos meses, passando um dia de fevereiro para agosto. Assim, o mês de fevereiro passou de 29 para 28 dias, e agosto passou de 30 para 31 dias, mantendo-se nos demais meses até ao fim do ano a alternância entre 30 e 31 dias.
O calendário juliano tem por base uma medida do ano solar de 365 dias e 6 horas, um valor muito prático, que determina a introdução do dia bissexto de 4 em 4 anos, resultante da acumulação de 6 horas por ano. Este valor de 365,25 dias ou 365 dias e 1/4 é um valor que está muito próximo do valor do ano trópico, mas é ligeiramente superior e mais próximo do ano sideral. O valor do ano solar foi estudado por numerosos astrónomos da Babilónia, do Egipto e da Grécia que a pouco e pouco foram apresentando valores do ano solar com menos alguns minutos por ano. Por exemplo, Ptolomeu verificou no ano 312 que a duração do ano continha 365 dias e um quarto, menos uma tricentésima parte do dia, isto é, menos 4 minutos e 48 segundos e indicou-o no tratado do Almagesto.
O calendário juliano era o calendário em uso no império romano no tempo da vida de Cristo e assim foi naturalmente usado como base de cálculo da Páscoa pelos cristãos. No século IV, por ocasião do Primeiro Concílio de Niceia o Equinócio da Primavera ocorria por volta do dia 21 de Março. A partir do século XIII, as observações astronómicas e o cálculo da medida do ano solar mostraram que o Equinócio da Primavera ocorria vários dias antes da data considerada fixa de 21 de Março. A necessidade de uma correcção e a mudança para o calendário gregoriano foi antecedida de debates ao longo de três séculos. O calendário juliano foi oficialmente reformado em 1582, pelo papa Gregório XIII, dando origem ao calendário gregoriano que foi adotado progressivamente por diversos países, e hoje é utilizado pela maioria dos países ocidentais. Para a entrada em vigor do Calendário gregoriano, a seguir ao dia 4 de outubro de 1582, foram suprimidos os 10 dias acumulados no calendário juliano e, para que não voltasse a ocorrer o mesmo erro, mudou-se a regra do ano bissexto. Este calendário gregoriano foi adotado por países onde a Igreja Católica era predominante. Entretanto, a Igreja Ortodoxa não aceitou esta mudança, optando pela permanência no calendário juliano, o que explica hoje a diferença de 13 dias entre estes dois calendários.
A seguinte cronologia permite identificar as datas de adopção do calendário gregoriano em vários países.
Ainda que à altura de 1924 a maioria dos países ortodoxos já houvessem adotado o calendário gregoriano, não se podia dizer o mesmo de suas igrejas nacionais. O "calendário juliano ortodoxo" foi aprovado por um sínodo em Istambul em maio de 1923, consistindo de uma parte solar, idêntica ao calendário gregoriano até o ano de 2800, e uma parte lunar, que calcula a Páscoa astronomicamente a partir de Jerusalém. As igrejas ortodoxas todas se recusaram a aceitar a parte lunar a princípio, de forma que continuam calculando a Páscoa a partir do calendário juliano (com exceção da Igreja Ortodoxa Finlandesa e da Igreja Ortodoxa Apostólica Estoniana).
A parte solar do calendário juliano revisado apenas foi aceita por algumas igrejas ortodoxas, com esperança de avançar no diálogo com denominações ocidentais: o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla (com exceção do Monte Atos), os patriarcados antigos de Alexandria e Antioquia, as igrejas de Grécia, Chipre, Romênia, parte da Tcheca e Eslovaca, Polônia (de 1924 a 2014, mas permitindo que paróquias usassem o calendário revisado caso o preferissem), Bulgária (a última, em 1963) e América (ainda que algumas paróquias utilizem o juliano tradicional). A maior identificação destas igrejas está em comemorarem o Natal junto ao Ocidente, em 25 de dezembro, até 2799.
Os patriarcados de Jerusalém, Moscou, Geórgia e Sérvia, assim como a Igreja Ortodoxa Polonesa (desde 2014). Na Grécia, e em menor grau em outras localidades, a disputa do calendário deflagrou cismas que deram origem ao movimento veterocalendarista. Estas igrejas celebram o Natal em 7 de janeiro até 2100.
A adoção do calendário gregoriano foi um evento na história moderna da maioria das culturas e sociedades, marcando uma mudança de seu sistema de datação tradicional (ou estilo antigo) para o sistema de datação moderno (ou novo estilo), o calendário gregoriano, que é amplamente usado em todo o mundo hoje. Alguns estados adotaram o novo calendário a partir de 1582, alguns não o fizeram antes do início do século XX, e outros o fizeram em várias datas intermediárias; no entanto, um número continua a usar um calendário civil diferente. Para muitos, o novo calendário de estilo é usado apenas para fins civis e o calendário de estilo antigo continua sendo usado em contextos religiosos. Hoje, o calendário gregoriano é o calendário civil mais utilizado no mundo. Durante – e por algum tempo após – a mudança entre os sistemas, tem sido comum o uso dos termos Old Style e New Style na datação, para indicar qual calendário foi usado.
O calendário gregoriano foi decretado em 1582 pela bula papal Inter gravissimas do Papa Gregório XIII, para corrigir um erro no calendário juliano, que foi baseado em um ano com duração de 365,25 dias, mas isso era um pouco longo demais; na realidade, são cerca de 365,2422 dias e, assim, ao longo dos séculos, o calendário foi ficando cada vez mais desalinhado com a órbita da Terra. O ano médio no calendário gregoriano é de 365,2425 dias.
Embora a reforma de Gregório tenha sido promulgada da forma mais solene disponível para a Igreja, a bula não tinha autoridade além da Igreja Católica e dos Estados Papais. As mudanças que ele estava propondo eram mudanças no calendário civil, sobre o qual ele não tinha autoridade formal. Exigiam a adoção pelas autoridades civis de cada país para ter efeito legal. A bula tornou-se a lei canônica da Igreja Católica em 1582, mas não foi reconhecida pelas igrejas protestantes, igrejas ortodoxas orientais e algumas outras. Consequentemente, os dias em que a Páscoa e feriados relacionados eram celebrados por diferentes igrejas cristãs divergiam.
Estados católicos como a França, os principados italianos, Polônia-Lituânia, Espanha (junto com suas possessões europeias e ultramarinas), Portugal e os estados católicos do Sacro Império Romano foram os primeiros a mudar para o calendário gregoriano. Quinta-feira, 4 de outubro de 1582, foi seguida por sexta-feira, 15 de outubro de 1582, um salto de dez dias. Os países que não mudaram até o século XVIII já haviam observado um ano bissexto adicional (1700), exigindo o declínio de onze dias. Alguns países não mudaram até o século XIX ou XX, necessitando de mais um ou dois dias para serem omitidos do calendário.
Filipe II de Espanha decretou a mudança do calendário juliano para o gregoriano, o que afetou grande parte da Europa católica, pois Filipe era na época governante da Espanha e Portugal, bem como grande parte da Itália. Nesses territórios, bem como na Comunidade Polaco-Lituana (governada por Ana Jagelão) e nos Estados Papais, o novo calendário foi implementado na data especificada pela bula, com a quinta-feira juliana, 4 de outubro de 1582, sendo seguida pela sexta-feira gregoriana, 15 de outubro de 1582; as colônias espanholas e portuguesas seguiram de facto tardiamente devido ao atraso na comunicação.
Outros países católicos logo se seguiram. A França adotou o novo calendário com domingo, 9 de dezembro de 1582, sendo seguido por segunda-feira, 20 de dezembro de 1582. As províncias holandesas de Brabante e Zelândia, e os Estados Gerais o adotaram em 25 de dezembro daquele ano; as províncias que formam os Países Baixos do Sul (atual Bélgica), exceto o Ducado de Brabante, o adotaram em 1.º de janeiro de 1583; a província da Holanda o adotou em 12 de janeiro de 1583. Os sete cantões suíços católicos adotaram o novo calendário em janeiro de 1684, enquanto Genebra e vários cantões protestantes o adotaram em janeiro de 1701 ou em outras datas ao longo do século XVIII. As duas comunas suíças de Schiers e Grüsch foram as últimas áreas da Europa Ocidental e Central a mudar para o calendário gregoriano, em 1812.
O calendário islâmico é lunar, de modo que há doze meses lunares em um ano de 354 ou 355 dias, sendo 11 dias mais curtos que um ano solar. Consequentemente, os dias santos no Islã migram em torno do ano solar em um ciclo de 32 anos. Alguns países do mundo islâmico usam o calendário gregoriano para fins civis, mantendo o calendário islâmico para fins religiosos. Por exemplo, a Arábia Saudita adotou o calendário gregoriano para fins de pagamento de funcionários do setor público a partir de 1.º de outubro de 2016; empregadores do setor privado já haviam adotado o calendário gregoriano para fins de remuneração.
Hoje, a grande maioria dos países usa o calendário gregoriano como seu único calendário civil. Os quatro países que não adotaram o calendário gregoriano são a Etiópia (calendário etíope), Nepal (Vikram Samvat e Nepal Sambat), Irã e Afeganistão (calendário Hijri Solar).
Alguns países usam outros calendários ao lado do calendário gregoriano, incluindo Índia (calendário nacional indiano), Bangladesh (calendário bengali), Paquistão (calendário islâmico), Israel (calendário hebraico) e Mianmar (calendário birmanês), e outros países usam uma versão modificada do calendário gregoriano, incluindo Tailândia (calendário solar tailandês), Japão (calendário japonês), Coreia do Norte (calendário norte-coreano) e Taiwan (calendário Minguo).
Enquanto muitas organizações religiosas calculam seu ano litúrgico pelo calendário civil gregoriano, outras mantêm seus próprios calendários. Calendários alternativos são usados em muitas regiões do mundo hoje para marcar ciclos de eventos religiosos e astrológicos.
O uso de calendários diferentes tinha potencial para causar confusão entre os contemporâneos. Por exemplo, é relatado que um dos fatores que contribuíram para a vitória de Napoleão na Batalha de Austerlitz foi a confusão entre os russos, que usavam o calendário juliano, e os austríacos, que usavam o calendário gregoriano, sobre a data em que suas forças devem se combinar. No entanto, este conto não é apoiado em um relato contemporâneo de um major-general do Exército Imperial e Real Austríaco, Karl Wilhelm von Stutterheim, que fala de um avanço conjunto das forças russas e austríacas (no qual ele mesmo tomou parte) cinco dias antes da batalha, e é explicitamente rejeitado no estudo de 2005 de Goetz sobre a batalha.
O calendário islâmico, calendário muçulmano ou calendário hegírico é um calendário lunar composto por doze meses, de 29 ou 30 dias, ao longo de um ano com 354 ou 355 dias. A contagem do tempo deste calendário começa com a Hégira — a fuga de Maomé de Meca para Medina, em 16 de julho de 622. O mês começa quando primeiro crescente visível da Lua aparece pela primeira vez após o pôr-do-sol. Tem cerca de 11 dias a menos que o calendário solar.
Este calendário baseado no ano lunar não corresponde aos calendários do ano solar. Os meses islâmicos retrocedem a cada ano que passa em relação aos calendários baseados no ano solar, como o Calendário gregoriano, por exemplo. Uma vez que o calendário islâmico é cerca de 11 dias mais curto que o calendário solar, os feriados muçulmanos acabam por circular por todas as estações.
O atual ano islâmico é 1444 (correspondente, pelo calendário gregoriano, ao período de 30 de julho de 2022 a 18 de julho de 2023). Normalmente, a notação utilizada é 1444 AH, do latim Anno Hegirae ("Ano da Hégira"), copiando à notação cristã AD.
Os 12 meses do ano se alternam em durações de 29 e 30 dias. Dentro de um ciclo de 30 anos, 11 deles, os 1º, 5º, 7º, 10º, 13º, 16º, 18º, 21º, 24º, 26º e 29º, recebem um dia a mais (30 dias no último mês). (o sétimo dia da semana islâmica), 16 de julho de 622 d.C. do Calendário Juliano, o dia da fuga Hégira de Maomé de Meca para Medina.
Datas importantes no ano islâmico (Hijri) são:
Calendário judaico ou hebraico (em hebraico: הלוח העברי, haluach haivri) é o calendário utilizado dentro do judaísmo.
O calendário judaico é um calendário do tipo lunissolar cujos meses são baseados nos ciclos da lua enquanto o ano é adaptado regularmente de acordo com o ciclo solar, por isso, ele é composto alternadamente por anos de 12 ou 13 meses e pode ter de 353 a 385 dias.
O povo judeu utiliza o calendário lunissolar há mais de 3 milênios para determinação das datas de aniversário, falecimento, casamento, festividades, serviços religiosos e outros eventos da comunidade.
De acordo com evidências arqueológicas, os hebreus adotaram o calendário lunar cananeu, provavelmente na Idade do Bronze ou no início da Idade do Ferro, com um ano composto de doze meses de trinta dias, com cinco ou seis dias intercalares, para sincronizar o ano com as estações.
Conforme com a Tanach, a contagem dos meses se dava a partir das fases da lua desde o Êxodo.
O calendário de Gezer e inferências bíblicas indicam que os hebreus usavam meses lunares antes do cativeiro na Babilônia.
O calendário religioso se iniciava no equinócio vernal, e o calendário civil, como no calendário egípcio, no equinócio de outono. O primeiro mês do calendário religioso e o sétimo do calendário civil era Abibe (Nissan).
Provavelmente, o calendário lunissolar foi adotado pelos judeus a partir do calendário grego, antes dos judeus serem dominados pelos gregos. Neste calendário lunissolar, torna-se necessário o uso do mês intercalar, adicionado durante a estação da primavera.
Mês (em hebraico: חודש, chodesh), deriva do radical da palavra hebraica חדש (chadash) que significa novo. Isto se dá porque o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia de lua nova. Isso é uma determinação encontrada na Torá (no livro de Shemot). Esta é uma regra lógica já que é a única fase da lua que pode ser determinada com precisão sem a necessidade de nenhum instrumento ou conhecimento maior de astronomia. No auge da lua nova, ela desaparece completamente e, no dia seguinte, vemos uma pequena listra branca ao olharmos para o ocidente poucos minutos após o pôr do sol - o que determina precisamente o primeiro dia do mês judaico.
Nos tempos bíblicos a determinação do começo do mês era realizada pela observação direta de testemunhas designadas para este fim, método seguido pelos caraítas até os dias de hoje, os quais determinam o primeiro mês do ano como Abibe. Hoje em dia segue-se um cálculo o qual já leva em conta outros parâmetros religiosos adicionados por rabinos da época do Talmud.
O ciclo lunar é de aproximadamente 29 dias e meio, o que gera uma alternação de meses com 29 ou 30 dias. A duração média de um mês hebreu é de 29.5305941358 dias, muito próximo ao mês sinódico (entre duas luas novas).
No calendário judaico atual, os meses são fixados por um cálculo complexo que leva em conta mais uma série de fatores, como por exemplo, a determinação talmúdica de que o primeiro dia do ano não pode cair nem num domingo, nem numa quarta-feira nem numa sexta-feira - ou outras regras ligadas ao horário exato da lua nova. Para uma maior flexibilidade no calendário, foi determinado que os meses de Cheshvan e de Kislev, de acordo com o ajuste necessário para o começo do ano seguinte, podem ter ou 29 ou 30 dias.
Com base nesta determinação:
O ano judaico deve ser periodicamente ajustado ao ciclo solar devido à determinação da Torá de que o mês de Nissan deve cair sempre na primavera (de Israel-hemisfério norte) ou, mais precisamente, de acordo com a determinação dos rabinos da época do Talmud - o equinócio da primavera tem que estar dentro do mês de Nissan. O ciclo de ajustes é de dezenove anos. Para este ajuste, é preciso determinar a diferença de dias entre um ano solar (aproximadamente 365 dias e 6 horas) e o período de 12 meses lunares (aproximadamente 354 dias e 9 horas): ele equivale aproximadamente a 10 dias e 21 horas. Por isso, a cada 2 ou 3 anos é necessário acrescentar um mês de 30 dias após Shevat: Adar I.
A maioria designa erroneamente Adar II como o mês intercalar quando, na realidade, o mês intercalar exato é Adar I.
Os dias, em conformidade com os relatos da Criação em Bereshit (Gênesis), começam após o pôr do sol. Para ser mais preciso, um novo dia começa no Tzeit Hakochavim (este período começa após o crepúsculo vespertino civil e indica o início da noite).
Exemplo:
10 de Adar de 5767
Considerando as estações do ano, o horário do pôr do sol (Shkiat Hachama) e o início da noite (Tzeit Hakochavim) variam ao longo do ano em cada lugar do mundo.
Segundo a Torá, o mês de Nissan deve sempre começar na primavera (em Israel - hemisfério norte) e, de acordo com a tradição talmúdica, Rosh Hashaná não pode começar em um domingo, quarta-feira ou sexta-feira, Yom Kippur não pode cair em uma sexta-feira ou domingo, e Purim não pode ocorrer em uma segunda-feira ou sábado. Por esses motivos, cada mês começa nos seguintes dias abaixo:
princípio de cada mês judaico deveria ser no dia da lua nova, e assim era fixado o mês na antiguidade enquanto existia o tribunal central judaico (san'hedrin) no Templo de Jerusalém. Porém depois de começar a fixar o calendário somente pelo cálculo alguns fatores foram incluídos, como citaremos na continuação e, consequentemente, alguns meses podem começar no dia posterior à lua nova ou molad.
Antes da análise do cálculo do molad, vale a pena definir alguns conceitos: na tradição judaica, com origem no Talmud, a hora se divide em 1080 partes em lugar de dividi-las em minutos e segundos. Para facilitar o cálculo que necessitamos, usaremos esta divisão, pois o número 1080 é divisível por 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9 e 10. O ciclo da Lua, como citamos anteriormente, é de 29,53 dias. Se fizermos o cálculo usando horas e 1080 partes de hora chegamos a conclusão que o ciclo da Lua é formado de 29 dias, 12 horas e 793 partes.
Com base nisso, o molad de cada mês será 1 dia da semana, 12 horas e 793 depois do molad do mês anterior. Por exemplo: Se o molad do mês de Tishrei do ano de 5768 caiu numa quarta-feira às 10 horas e 468 partes, o mês seguinte (Cheshvan) cairá numa quinta-feira às 23 horas e 181partes. Portanto se multiplicarmos este número por 12 receberemos: 12 dias da semana, 144 horas e 9516 partes, que ao simplificarmos reduzindo cada 1080 a 1 hora, cada 24 horas a 1 dia e desprezando cada 7 dias pois formam uma semana receberemos: 4 dias 8 horas 876 partes, para um ano de 12 meses e acrescentando o número de 1 dia, 12 horas e 793 partes, receberemos: 5 dias, 21 horas e 589 partes para um ano de 13 meses. Por exemplo: sabendo o molad do ano de 5768, como citamos anteriormente, e somando 5 dias, 21 horas e 589 partes (pois este ano tinha 13 meses), receberemos um resultado de: terça-feira, 7 horas e 1057 partes. Este é o dia da semana e o horário exato da lua nova, molad, do ano de 5769.
Portanto com base nos cálculos que fizemos podemos determinar o molad de qualquer ano - podemos calcular a partir do início da contagem, ou a partir do molad de um ano conhecido.
Existem basicamente dois motivos pelos quais se adia Rosh Hashaná:
Por exemplo, vimos que o molad do ano de 5768 era na quarta-feira às 10 horas e 468 partes, ele não entra na segunda regra, mas entra na primeira - portanto Rosh Hashaná neste ano caiu na quinta-feira. Para isso teve-se que acrescentar 1 dia no ano anterior, o que é feito no mês de Cheshvan, ou seja no ano de 5767 tanto o mês de Cheshvan quanto o de Kislev tiveram 30 dias. E este dia foi descontado do ano de 5768 no mês de Kislev, ou seja, neste ano tanto o mês de Cheshvan quanto o de Kislev tiveram 29 dias.
Com os cálculos que fizemos podemos definir se:
Assim sendo, podemos determinar se este ano é comum (com 353, 354 ou 355 dias) ou embolístico (com 383, 384 ou 385 dias) e construir um calendário completo.
O ano judaico deve ser periodicamente ajustado ao ciclo solar devido à determinação da Torá de que o mês de Nissan deve cair sempre na primavera (de Israel-hemisfério norte), ou mais precisamente, de acordo com a determinação dos rabinos da época do Talmud - o equinócio da primavera tem que estar dentro do mês de Nissan. O ciclo de ajustes é de dezenove anos.
Para este ajuste, precisamos determinar a diferença de dias entre um ano solar (aproximadamente 365 dias e 6 horas) e o período de 12 meses lunares (aproximadamente 354 dias e 9 horas): ele equivale aproximadamente a 10 dias e 21 horas. Ou seja, a cada 2 ou 3 anos é necessário acrescentar um mês de 30 dias após Shevat: Adar I. Isso gera dois tipos de anos:
Os anos comuns ou normais ocorrem em um período de 12 meses.
Os anos comuns, devido à variação de dias nos meses de Cheshvan e Kislev entre 29 ou 30 dias, podem contar com 353, 354 ou 355 dias.
Os anos embolísticos ou longos ocorrem em um período de 13 meses.
Os anos embolísticos ocorrem sete vezes dentro de um ciclo de dezenove anos (nos anos 3º, 6º, 8º, 11º, 14º, 17º e 19º desse ciclo) e têm um mês complementar de 30 dias (a maioria designa erroneamente Adar II como o mês complementar, na realidade, o mês complementar exato é Adar I). Devido a isso, somando a varição de dias dos meses de Cheshvan e Kislev com os 30 dias de Adar I (mês complementar), os anos embolísticos podem contar com 383, 384 ou 385 dias.
As variações dos anos comuns ou normais (com 353, 354 ou 355 dias) e embolísticos ou longos (com 383, 384 ou 385 dias) são chamadas chaserah, kesidrah e shelemah, traduzindo respectivamente: deficiente, regular e completo.
Para desenvolvermos um cálculo exato do calendário judaico devemos definir 3 características do ano requerido:
Para determinar se este ano é uma Shaná Meuberet (tem 13 meses), recorremos à tabela de 19 anos. Existe um ciclo de 19 anos onde 7 deles serão Shaná Meuberet: Neste ciclo os anos 3, 6, 8, 11, 14, 17 e 19 terão 13 meses, enquanto os demais serão anos comuns com 12 meses.
O cálculo deste ciclo começa no início da contagem de anos judaica, que segundo a tradição judaica é o dia da criação do primeiro homem, Adão. Portanto no ano de 2012, por exemplo, o ano judaico é 5772 (3760 anos a mais que a contagem cristã), se dividirmos 5772 por 19 (o ciclo de anos mencionado anteriormente), receberemos 303 ciclos completos, e um resto de 15, o que indica que estamos no 15º ano do ciclo de Shaná Meuberet, ou seja, é um ano comum com 12 meses. Devemos prestar atenção no detalhe de que quando o número for divisível por 19, como por exemplo o ano de 5776 (2016 no calendário gregoriano), o resto será zero o que significa que estamos no 19º ano do ciclo e ele será de 13 meses segundo a tabela pré-estabelecida.
A necessidade destes 7 anos com 13 meses no ciclo de 19 anos provém do fato que o calendário judaico é um calendário lunissolar, ou seja, seus meses são fixados a partir do ciclo da lua (aproximadamente 29,53 dias), porém o ano deve ser ajustado regularmente a translação da Terra em torno do sol (aproximadamente 365,242 dias). A diferença entre um ano solar e 12 meses lunares é de aproximadamente 10.88 dias, em 19 anos está diferença será de aproximadamente 206 dias que equivale a 7 ciclos da lua.
Segundo nosso cálculo anterior, no ano de 2012, por exemplo, se passaram 303 ciclos de 19 anos, que somam um total de 2121 meses acrescentados, mais 5 meses deste atual ciclo. Ou seja, desde o princípio da contagem do calendário judaico se passaram 2126 meses acrescentados.
Este dado nos ajudará se quisermos reconstituir todo o calendário ou calcular o calendário de anos anteriores.
Sabendo a quantidade de anos que se passaram desde o início da contagem do calendário judaico, por exemplo no dia 16 de setembro de 2012, se passaram exatos 5772 anos. Multiplicamos este número por 12 recebemos um resultado de 69264 meses. Somando os 2126 meses acrescentados obtemos 71390, que é a quantidade de meses desde o início da contagem judaica de anos até o final do ano de 5772.
Para o cálculo de qualquer ano judaico, basta acrescentar 3760 ao ano do calendário gregoriano (a partir do início do ano civil judaico, que ocorre entre setembro/outubro, acrescenta-se 3761 até 31 de dezembro deste mesmo ano).
Fórmula e exemplo:
ano (calendário gregoriano) + 3760 (a partir de 1 de janeiro até o término do ano civil judaico) ⇔ 2024 + 3760 = 5784
ano (calendário gregoriano) + 3761 (a partir do início do ano civil judaico até 31 de dezembro) ⇔ 2024 + 3761 = 5785
Ao longo do calendário judaico, são celebrados quatro vezes o começo de um ano novo, cada um com seu propósito. Eles podiam ser de ordem triburária, quando ainda existia o Templo de Jerusalém, religiosa, ou, somente histórico. São eles:
1974 (MCMLXXIV, na numeração romana) foi um ano comum do século XX que começou numa terça-feira, segundo o calendário gregoriano. A sua letra dominical foi F. A terça-feira de Carnaval ocorreu a 26 de fevereiro e o domingo de Páscoa a 14 de abril. Segundo o horóscopo chinês, foi o ano do Tigre, começando a 23 de janeiro.
No calendário gregoriano, foi o 1974º ano da Era Comum ou do Anno Domini, o 974º ano do segundo milênio e o quinto da década de 1970.
13 de abril
1888 (MDCCCLXXXVIII, na numeração romana) foi um ano bissexto do século XIX do actual Calendário Gregoriano, da Era de Cristo, e as suas letras dominicais foram A e G (52 semanas), teve início a um domingo e terminou a uma segunda-feira.
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