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Svalbard


Svalbard


O arquipélago de Svalbard, Esvalbarda ou Esvalbarde é um território ártico norueguês, banhado pelo oceano Glacial Ártico a norte, pelo mar de Barents a leste e pelo mar da Noruega e mar da Gronelândia a oeste. Situado a cerca de 800 km a noroeste da costa norueguesa, o território mais próximo é o arquipélago russo da Terra de Francisco José, a leste, seguido da Gronelândia, a oeste. É o ponto da Terra permanentemente habitado mais próximo do Polo Norte.

Svalbard tem um clima muito frio e pouco hospitaleiro, e uma grande quantidade de ursos polares muito perigosos para os seres humanos. Não tem uma população originária, embora tenha uns 3000 habitantes temporários — principalmente noruegueses e russos. Na localidade mineira de Sveagruva — a uns 60 km de Longyearbyen — foi extraído carvão entre 1917 e 1976. Na "localidade russa" de Barentsburgo, uma companhia russa dedica-se à exploração mineira de carvão.

Apesar de estar sob soberania norueguesa, o arquipélago está sujeito a um regime específico de acesso aos seus recursos naturais pela comunidade internacional, nos termos do Tratado de Svalbard assinado em Paris a 9 de fevereiro de 1920.

Etimologia e uso

O nome geográfico Svalbard deriva das palavras nórdicas antigas sval (frio) e bard (borda), significando ”borda fria” ou ”costas frias”. O arquipélago está mencionado em textos islandeses da década de 1190.

Em textos em português costuma ser usada a forma original Svalbard.

Território e clima

Com uma área total de 62 049 km², sensivelmente a mesma da Irlanda, o arquipélago de Svalbard consiste em um numeroso grupo de ilhas e ilhéus localizados entre os 74°N e os 81°N, e entre 10°E e 34°E. O ponto mais alto do arquipélago é o Newtontoppen, na ilha de Spitsbergen, com 1717 m de altitude.
As principais ilhas do arquipélago são as seguintes:

  • Spitsbergen, com 23 641 km² de área emersa e 37 673 km² de área total, a maior ilha e a única com população residente;
  • Bjørnøya, ou ilha do Urso, com 178 km², situada muito a sul, com presença humana permanente, mas sem residentes;
  • Hopen, com presença humana permanente, mas sem residentes;
  • Prins Karls Forland, com 615 km², desabitada;
  • Nordaustlandet (Terra do Nordeste), com 14 443 km², desabitada;
  • Kvitøya (ilha ilha Kvit), com 682 km², no extremo nordeste do arquipélago, desabitada;
  • Kong Karls Land (Terra do Rei Carlos), ilhas desabitadas;
  • Barentsøya (ilha de Barents), com 1 250 km², desabitada;
  • Edgeøya (ilha Edge), com 5 074 km² desabitada.
  • Rossøya, a mais setentrional do sub-arquipélago de Sjuøyane, desabitada.
  • Kongsøya, desabitada.

As normais climáticas para Svalbard indiciam um clima tipicamente ártico, embora temperado pela corrente do Atlântico Norte, um prolongamento terminal para nordeste da corrente do Golfo. As temperaturas médias mensais ao nível do mar oscilam entre os -12,4 ºC a -17,0 ºC em Fevereiro e os 4,0 ºC a 6,5 ºC em Julho. A precipitação anual, quase toda sob a forma de neve, oscila entre os 190 e os 525 mm. Dada a elevada latitude, quase metade do ano é noite permanente, seguida por igual número de meses com o sol da meia-noite à vista. Em Longyearbyen, o sol da meia-noite dura de 20 de abril a 23 de agosto e a noite ártica de 26 de outubro a 15 de fevereiro.

A geologia de Svalbard é muito variada, incluindo algumas das rochas mais antigas do planeta (3,5 mil milhões de anos). Uma carta geológica detalhada está disponível na página do Instituto Norueguês de Investigação Polar.

Fauna e flora

A fauna do arquipélago é rica incluindo o urso-polar, a raposa-polar, uma subespécie da rena europeia, um leão-marinho e uma multiplicidade de aves marinhas. A ilha de Spitsbergen tem uma espécie endêmica de camundongo, o Microtus epiroticus.

Os mares do arquipélago são ricos em cetáceos, que em tempos constituíram o principal recurso económico explorado no arquipélago, com instalação de várias estações de apoio à baleação, e peixe. A pesca continua a ser um recurso importante na área, em especial para a frota russa.

A flora é variada embora restrita às zonas não glaciais e ao curto período de crescimento permitido pelo clima. Todo o arquipélago está situado a norte da timberline polar, pelo que não existem árvores.

As condições edafo-climáticas existentes não permitem qualquer tipo de cultura, pelo que nunca existiu qualquer atividade agrícola ou pecuária no exterior. Contudo, na comunidade russa de Barentsburgo existem estufas para produção de vegetais e uma pocilga (a mais ao norte no planeta).

Demografia

Devido ao clima e ao território inóspitos, a fixação de população apenas começou a partir da descoberta das jazidas de carvão e do início da sua exploração comercial. Presentemente estima-se que a população de Svalbard seja constituída por cerca de 2 700 residentes, dos quais cerca de 1 800 são noruegueses (essencialmente residentes de Longyearbyen e trabalhadores das minas de Sveagruva) e cerca de 800 são russos e ucranianos (residentes na comunidade de Barentsburgo). Um censo realizado a 1 de setembro de 2004 produziu os seguintes resultados, por localidade de presença, não estando aqui feita a distinção entre os residentes e aqueles que se encontravam simplesmente presentes por razões de trabalho (nas minas ou investigação científica):

  • Longyearbyen: 1 831
  • Ny-Ålesund: 33
  • Svea (Sveagruva): 9
  • Barentsburgo (Баренцбург): 812 (russos e ucranianos)
  • Hornsund: 12 (polacos na Estação Polar de Hornsund)
  • Bjørnøya: 9
  • Hopen: 4

Povoados

São os seguintes os povoados existentes no arquipélago (alguns já sem residentes permanentes):

  • Barentsburgo (Баренцбург) — antiga colônia neerlandesa vendida aos russos. Esta colônia mineradora russa, com cerca de 800 habitantes, é hoje a única mina ativa na ilha;
  • Grumant (Грумант) — é uma colónia russa abandonada desde 1961. Tem havido notícia de um possível retomar da mineração, mas a crise económica russa não pressagia sucesso;
  • Longyearbyen — a capital administrativa da ilha, com cerca de 1 800 habitantes;
  • Ny-Ålesund — uma pequena povoação de apenas 30 habitantes;
  • Pyramiden (Пирамида) — uma grande colónia russa abandonada em 2000. Uma vez resolvidas as questões de propriedade, as suas valiosas infraestruturas poderão levar a um repovoamento;
  • Esmeremburgo — antiga estação de baleação neerlandesa, abandonada cerca de 1660;
  • Sveagruva — com cerca de 210 habitantes permanentes dá apoio às grandes minas de Svea Nord, as maiores em atividade na ilha.

História

O arquipélago de Svalbard é conhecido desde tempos imemoriais pelos povos das regiões árticas europeias e asiáticas, aparecendo referências a território insulares do Ártico nas sagas islandesas dos séculos X e XI, assentes nas tradições dos povos viquingues (embora a identificação das ilhas referidas com a Gronelândia, Jan Mayen ou Svalbard seja discutível). As tradições dos povos da Lapónia e da costa siberiana também incluíam referências às ilhas do Ártico.

Contudo, as primeiras referências seguras aparecem em crónicas russas dos séculos XIV e XV que atribuem a exploração das ilhas aos pomors, que as tinham considerado como parte da Gronelândia e, em consequência, denominado de Grumant (Грумант) (designação depois adoptada para uma das grandes comunidades mineiras soviéticas, hoje abandonada).

Apesar deste conhecimento ancestral, a existência das ilhas era ignorada pela intelectualidade europeia, que apenas delas teve conhecimento pelas crónicas da expedição que Willem Barentsz liderou em 1596, na procura da mítica passagem do nordeste para o Extremo Oriente e para a Índia. Deve-se a Barents a atribuição à principal ilha do nome de Spitsbergen (que significa picos aguçados, uma referência às montanhas da ilha), que acabou por se estender durante muito tempo a todo o arquipélago de Svalbard.

Durante o período em que as ilhas eram conhecidas por Spitsbergen, a ilha que hoje ostenta o nome era chamada Spitsbergen Ocidental, ou Vestspitsbergen. Por decisão do Estado norueguês, o arquipélago passou a ser designado por Svalbard, ficando a designação Spitsbergen reservada para a ilha do mesmo nome. Tal decisão baseia-se na existência, desde pelo menos 1194, de menção nas sagas viquingues a uma terra de Svalbard (que significa costa fria), embora não seja seguro que em referência ao arquipélago que hoje ostenta o nome.

A baleação e a questão da soberania

Dado que o clima é extremo, as ilhas não têm qualquer interesse agrícola nem oferecem recursos que permitissem uma colonização economicamente apelativa. Assim, mesmo depois das expedições de Barents, as ilhas eram apenas ocasionalmente visitadas.

A descoberta de que as águas em torno das ilhas eram ricas em baleias e outros mamíferos marinhos, que podiam ser caçados para produção de óleos animais, levou a que em poucas décadas as costas das ilhas fossem mapeadas e que em cada verão ártico fossem organizadas expedições de baleação aos mares das ilhas. Tal incluiu a criação em terra de pequenas estações de desmancha e derretimento de carcaças de baleia, que eram ocupadas apenas durante o período de caça. De 1612 a 1720, a baleação ao largo da costa oeste de Spitsbergen reunia navios baleeiros dinamarqueses, neerlandeses, ingleses, franceses e noruegueses. Estima-se que apenas os neerlandeses tenham capturado neste período cerca de 60 000 baleias, que derretiam na sua base de Esmeremburgo.

Esta ocupação, ainda que temporária, veio suscitar a questão da soberania sobre as ilhas, que tinha permanecido relativamente indefinida, com todos os estados escandinavos, desde a Dinamarca à Noruega, que entretanto procurava afirmar a sua independência, para além da Rússia e dos Países Baixos, a reclamarem direitos sobre o arquipélago.

A questão agudizou-se quando se descobriu que a ilha era rica em carvão e em 1906 a empresa de capitais americanos Arctic Coal Company (ACC) pretendeu iniciar a exploração industrial. O povoado então fundado recebeu o nome de Longyearbyen, hoje a capital da ilha, em honra do americano John Munroe Longyear, principal acionista da ACC.

Em 1916, em plena Grande Guerra, a ACC vendeu a sua posição a interesses nórdicos e a companhia norueguesa Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S (SNSK), para além de outras duas empresas escandinavas e de uma neerlandesa, incrementou em muito a mineração, formando as primeiras colónias permanentes de dimensão apreciável no arquipélago.

Seguiram-se interesses russos, que também pretendiam acesso ao carvão da ilha, o que levou a uma crescente tensão em torno do domínio da ilha.

Terminada a guerra, as potências aliadas vencedoras resolveram apoiar as pretensões norueguesas, o que levou à assinatura em Paris, a 9 de fevereiro de 1920, do Tratado de Svalbard.

Setor aeroportuário

Existe um aeroporto perto da capital da ilha - o Aeroporto de Svalbard. A companhia aérea SAS (Scandinavian Airlines) voa para lá, com destino a Oslo, capital norueguesa, do qual país a ilha pertence.

O Tratado de Svalbard

Pelo Tratado de Svalbard, inicialmente assinado entre a Noruega, os Estados Unidos, o Reino Unido (e seus domínios do então Império Britânico), a França, o Canadá, a Austrália, a Dinamarca, a Itália, os Países Baixos, a Suécia e o Japão, a soberania norueguesa sobre a ilha foi reconhecida. A União Soviética aderiu em 1924, e a Alemanha em 1925. Hoje o tratado tem mais de 40 signatários, entre os quais Portugal.

O Tratado de Svalbard, apesar de reconhecer a soberania norueguesa sobre o arquipélago, impõe como condição a sua perpétua desmilitarização e o direito dos cidadão dos países signatários nelas se estabelecerem livremente para exploração dos seus recursos naturais, embora subordinados às leis promulgadas pela Noruega, que, contudo, não pode discriminar positivamente os seus cidadãos face aos dos restantes Estados signatários.

Esta internacionalização de Svalbard levou a que durante a maior parte do século XX a ilha de Spitsbergen tivesse entre os seus residentes mais cidadão soviéticos que noruegueses, já que a União Soviética investiu substancialmente na exploração do carvão através da empresa estatal Trust Arktikugol (Арктикуголь), a única que, a par da norueguesa Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S, ainda mantém atividade mineira na ilha. Esta empresa adquiriu em 1932 as minas neerlandesas de Barentsburgo. Nos termos do tratado, a partir de 1925 a Noruega assumiu a administração da ilha tendo, entre outras medidas, estabelecido normas de proteção ambiental que foram pioneiras na Europa.

A Segunda Guerra Mundial

Apesar de ser uma zona desmilitarizada, Svalbard está situada numa posição geoestratégica importante, pois controla o acesso aos portos russos de Murmansk e Arkhangelsk, os únicos por onde a Rússia tem acesso irrestrito (embora com problemas de gelo) ao Atlântico. Desencadeada a guerra, e ocupada a Noruega pela Alemanha Nazi, a atividade mineira foi suspensa e a ilha quase totalmente evacuada a 3 de setembro de 1941. Mesmo assim, forças alemãs bombardearam Longyearbyen e Barentsburgo em setembro 1943 e Sveagruva no ano seguinte. Terminado o conflito, a ilha passou a desempenhar um papel importante na Guerra Fria, com os seus mares a serem palco de frequentes incursões submarinas e aéreas.

Governo e economia

O arquipélago é governado desde 1925 pela Noruega, constituindo uma região especial dotada de sistema fiscal próprio (que não aplica a generalidade dos impostos noruegueses, incluindo os sobre o álcool e o tabaco) e de larga autonomia comunitária. Os enclaves soviéticos, hoje russos, apenas nominalmente estão sob tutela norueguesa, funcionando com absoluta autonomia e apenas sujeitos às normas impostas pela empresa gestora.[carece de fontes?]

A governação cabe a um governador, o "Sysselmannen på Svalbard", a autoridade máxima na ilha, assessorado por um conselho. A economia está cada vez mais dependente do turismo (que ainda é incipiente) já que a mineração tem vindo a ser progressivamente abandonada, hoje estando restrita às actividades russas em Barentsburgo e norueguesas em Svea. Não existem estradas que liguem entre si as diversas povoações, estando o acesso dependente do navio ou do avião. O helicóptero e a mota de neve são os meios privilegiados de transporte.

Hoje a capital, Longyearbyen, concentra quase toda a atividade administrativa e comercial, sendo o principal porto de entrada na ilha. O Silo Global de Sementes de Svalbard (apelidado de "cofre do fim do mundo"), criado para preservar sementes de plantas cultiváveis de todo o mundo e inaugurado em 2008, foi instalado próximo da capital. As minas de carvão russas de Barentsburgo, com cerca de 800 residentes, são uma colónia independente, com os seus acessos diretos ao exterior, central elétrica e de telecomunicações própria, hospital, hotel, pavilhão desportivo e escola. Para fornecer as necessárias vitaminas, e para combater a depressão que a falta de luz provoca durante o longo inverno polar, a colónia tem a sua estufa aquecida e iluminada, com horta e jardim, e até uma pocilga industrial para fornecer carne fresca. A Rússia possui um consulado em Barentsburgo.

A colónia russa de Pyramiden (Пирамида), uma autêntica cidade com o seu hospital, estufas, escolas, pavilhões desportivos e grandes blocos de apartamentos, foi abandonada em 2000, encontrando-se as suas excelentes instalações em rápida degradação. Em Ny Ålesund existe apenas uma pequena loja. Todas as estruturas construídas antes de 1946 são consideradas património cultural, estando legalmente protegidas.

Ver também

  • Bjørnøya, a Ilha do Urso
  • Estação Polar de Hornsund – uma importante estação polaca de investigação polar operada no fiorde de Hornsund desde 1957.
  • Jan Huygen van Linschoten
  • Spitsbergen
  • Willem Barentsz

Referências

Ligações externas

  • Informação geral sobre Svalbard (em inglês).
  • Página oficial do Governador de Svalbard (Sysselmannen på Svalbard) (em norueguês/inglês).
  • TopoSvalbard – Mapa interativo (em norueguês/inglês)
  • Svalbard no Google Maps
  • Mapas de Svalbard.
  • Mapa das reservas e parques naturais de Svalbard.
  • Círculos e labirintos de pedra de Kvadehuksletta (em inglês).
  • Página oficial da Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S (SNSK), a empresa estatal norueguesa que explora carvão em Svalbard (em inglês/norueguês).
  • Instituto Norueguês de Investigação Polar (mapas e informação geológica em norueguês e inglês).
  • fotos de Longyearbyen e Bjørndalen (em francês ou inglês)]

Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Svalbard by Wikipedia (Historical)


Svalbard Global Seed Vault


Svalbard Global Seed Vault


O Silo Global de Sementes de Svalbard (em norueguês: Svalbard globale frøhvelv), é um gigantesco silo para sementes (banco de sementes) construído em 2008 próximo da localidade de Longyearbyen, no arquipélago Ártico de Svalbard, a cerca de 1300 km ao sul do Polo Norte.

O governo norueguês financiou inteiramente a construção do cofre de aproximadamente 45 milhões de kr (US$ 8,8 milhões em 2008). O armazenamento de sementes no cofre é gratuito para os usuários finais; A Noruega e a Crop Trust pagam os custos operacionais. O financiamento primário para a Trust vem de organizações como a Fundação Bill & Melinda Gates e de vários governos em todo o mundo.

História

O Nordic Gene Bank (NGB) armazena, desde 1984, o germoplasma de plantas nórdicas através de sementes congeladas numa mina de carvão abandonada em Svalbard. Em janeiro de 2008, o Nordic Gene Bank fundiu-se com outros dois grupos nórdicos de conservação para formar a NordGen. O silo foi oficialmente inaugurado em 26 de fevereiro de 2008, embora as primeiras sementes tenham chegado um mês antes. Cinco por cento das sementes no cofre, cerca de 18.000 amostras com 500 sementes cada, vieram do Centre for Genetic Resources of the Netherlands (CGN), parte da Universidade de Wageningen, Holanda.

Como parte do primeiro aniversário do silo, mais de 90.000 amostras de sementes de culturas alimentares foram armazenadas, elevando o número total de amostras de sementes para 400.000. Entre as novas sementes estão incluídas 32 variedades de batatas dos bancos de genes nacionais da Irlanda e 20.000 novas amostras do Serviço de Pesquisa Agrícola dos EUA. Outras amostras de sementes vieram do Canadá e da Suíça, bem como pesquisadores internacionais de sementes da Colômbia, México e Síria. Esta remessa de 4 toneladas (3,9 toneladas de comprimento; 4,4 toneladas de tonelada curta) elevou o número total de sementes armazenadas no cofre para mais de 20 milhões. A partir deste momento, o cofre continha amostras de aproximadamente um terço das variedades de alimentos mais importantes do mundo. Também como parte do aniversário, especialistas em produção de alimentos e mudanças climáticas se reuniram para uma conferência de três dias em Longyearbyen.

O escultor japonês Mitsuaki Tanabe (田辺光彰) apresentou um trabalho para o cofre chamado "The Seed 2009 / Momi In-Situ Conservation". Em 2010, uma delegação de sete congressistas dos EUA entregou uma série de diferentes variedades de pimenta.

Em 2013, aproximadamente um terço da diversidade de gêneros armazenada em bancos de genes em todo o mundo estavam no silo.

Em outubro de 2016, o cofre experimentou um grau anormalmente grande de intrusão de água devido a temperaturas acima da média e chuvas fortes. Embora seja comum que um pouco de água penetre no túnel de entrada de 100 metros / 328 pés durante os meses mais quentes de primavera, neste caso a água invadiu 15 metros / 49 pés do túnel antes de congelar. A abóbada foi projetada para a intrusão de água e, como tal, as sementes não estavam em risco. Como resultado, no entanto, a agência norueguesa de obras públicas Statsbygg planeja fazer melhorias para prevenir qualquer intrusão no futuro, incluindo impermeabilizar as paredes do túnel, remover fontes de calor e escavar valas de drenagem externas.

Para o 10º aniversário do silo, em 26 de fevereiro de 2018, uma remessa de 70.000 amostras foi entregue às instalações, elevando o número de amostras recebidas para mais de um milhão (sem contar as retiradas). Neste momento, o número total de amostras mantidas no cofre era de 967.216, representando mais de 13.000 anos de história agrícola.

Construção

O silo foi projetado pelo arquiteto Peter W. Søderman e construído no Monte Spitsein, em Esvalbarde, e é uma estrutura inteiramente subterrânea. O arquipélago de Esvalbardesitua-se a 1000 km ao norte da Noruega continental, e foi escolhido por ser um lugar a salvo das possíveis alterações climáticas causadas pelo aquecimento global e/ou quaisquer outras causas.

Em 19 de junho de 2006 os primeiros-ministros da Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia participaram em uma cerimônia de inicio das construções, "colocando a primeira pedra". As obras foram concluídas e o silo foi inaugurando em 26 de fevereiro de 2008.

O silo tem capacidade para abrigar três milhões de sementes. O restante será preservado através de coleções de plantas vivas ou em laboratório. O "cofre" é aberto apenas quatro vezes por ano. As câmaras estarão a −18 °C, e se por alguma razão o sistema elétrico de refrigeração falhar, o montante de gelo e neve que naturalmente recobre o silo–o permafrost–manterá as sementes entre −4 °C e −6 °C.

Obra de arte

Ao longo da cobertura do silo e de sua fachada exposta existe uma instalação luminosa chamada Perpetual Repercussion, realizada pela artista norueguesa Dyveke Sanne, que marca a localização do cofre à distância. Na Noruega, projetos financiados pelo governo que excedem certo orçamento devem conter uma obra de arte. A KORO (Kunst i offentlige rom) agência governamental norueguesa responsável por administrar arte em lugares públicos, entrou em contato com a artista para instalar uma obra luminosa que ressaltasse a importância e a beleza da aurora boreal. A cobertura e a entrada do cofre são cobertas por placas de aço inoxidável de alta reflexibilidade. No verão, a instalação reflete as luzes polares enquanto que, no inverno, uma rede de cerca de 200 cabos de fibra óptica dá à instalação uma cor esverdeada.

Primeira retirada

Em setembro de 2015, houve a primeira retirada de sementes para repor um banco genético de Aleppo, na Síria, e que foi parcialmente danificado por conta da guerra civil no país.

Prêmios e honras

O Silo Global de Sementes foi classificado como número 6 nas Melhores Invenções de 2008 da Revista Time. Ele recebeu o Norwegian Lighting Prize em 2009.

Capacidade

Referências

Ligações externas

  • Acordo prepara fundos para conservar genética de plantas
  • «See Inside the Svalbard Global Seed Vault» (em inglês) 
  • «Biodiversity 'doomsday vault' comes to life in Arctic» (em inglês) 
  • «Svalbard Global Seed Vault» (em inglês) 
  • «IITA's African seed collection first in Norway» (em inglês) 
  • «Global Crop Diversity Trust» (em inglês) 
  • «The Nordic Gene Bank» (em inglês) 
  • Vídeo no YouTube

Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Svalbard Global Seed Vault by Wikipedia (Historical)


Longyearbyen


Longyearbyen


Longyearbyen é a capital administrativa e econômica do arquipélago de Svalbard, na Noruega. Está localizada na ilha de Spitsbergen e conta com 2144 habitantes (2015), a maioria dos quais noruegueses. É a cidade mais setentrional do planeta.

Na cidade estão situados os serviços de apoio e a residência oficial do governador de Svalbard (Sysselmannen på Svalbard).

Geografia

Longyearbyen está localizada nos 78° 13' N 15° 39' E, pelo que, devido à alta latitude, quase metade do ano é noite permanente, seguida por igual número de meses com o sol da meia-noite à vista. Em Longyearbyen, o sol da meia-noite dura de 20 de Abril a 23 de Agosto e a noite ártica de 26 de Outubro a 15 de Fevereiro.

Longyearbyen está situada num ambiente de tundra ártica, com um clima marcado pelas baixas temperaturas e pela escassa precipitação, quase toda sob a forma de neve. As normais climáticas para Longyearbyen, apesar do seu clima tipicamente ártico, são temperadas pela corrente do Atlântico Norte, um prolongamento terminal para nordeste da corrente do Golfo. As temperaturas médias mensais na cidade oscilam entre os -15,2ºC em Fevereiro e os 6,5ºC em Julho. As temperaturas mínimas descem frequentemente abaixo dos -40ºC. A precipitação anual, quase toda sob a forma de neve, é de apenas 210 mm (se estivesse num clima temperado, a cidade estaria localizada num deserto).

História

A comunidade foi fundada em 1906 por John Munroe Longyear, principal accionista da Arctic Coal Company of Boston. O sufixo byen é a partícula que na língua norueguesa significa a cidade. Depois de ser apenas uma comunidade tipicamente mineira, vedada às mulheres, a partir dos anos de 1930 a cidade foi ganhando um carácter de comunidade residencial, com um número crescente de famílias a viverem nela permanentemente.

Apesar de Svalbard ser, nos termos do Tratado de Svalbard, uma zona desmilitarizada e da ilha ter sido quase totalmente evacuada a 3 de Setembro de 1941, a velha cidade foi quase completamente destruída em Setembro de 1943 por um bombardeamento alemão. Reconstruída depois do término da II Guerra Mundial, os restos da velha cidade ainda são visíveis em alguns lugares.

Atividade econômica e investigação

Até ao início da década de 1990 a mineração de carvão era o maior empregador em Longyearbyen (como aliás em todo o Svalbard), estando toda a atividade centrada na mineração, nos serviços logísticos de apoio e na expedição do carvão.

Hoje a cidade diversificou a sua atividade estando cada vez mais centrada nos serviços, centrando a sua atividade, para além do crescente turismo, na administração pública, investigação e ensino.

A cidade oferece um conjunto interessante de amenidades que incluem uma escola secundária, uma piscina pública, uma parede de escalada, um pavilhão desportivo, supermercado, três pubs, três hotéis, uma igreja, cinema e um estabelecimento de diversão noturna, para além de diversos estabelecimentos de vendas para turistas.

Longyearbyen está desde Janeiro de 2004 ligada à rede global de telecomunicações por um duplo cabo de fibra óptica, com 1440 km de comprimento, que vai de Svalbard a Harstad (Noruega), via Andøy. O cabo fornece a conectividade necessária à rede pública da ilha bem como às estações de controlo de satélites em órbita polar da NASA, da NOAA e do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, além da Agência Espacial Europeia. Permite também a operação em tempo real das estações geofísicas e de investigação da magnetosfera. Uma empresa de telecomunicações, a SvalSat, fornece serviços especializados de controlo de satélites em órbita polar a partir de uma estação terrestre nos arredores de Longyearbyen.

Mineração

A mineração ainda assume um papel fundamental na vida económica da cidade, já que suporta, através de uma taxa sobre o carvão exportado, toda a infraestrutura pública da cidade e fornece o grosso do emprego (mais de 50% dos residentes trabalham diretamente na mineração). A produção de carvão em Longyearbyen (mina n.º 7, a única ativa) foi de 70 000 t em 2001. No mesmo ano as minas norueguesas de Svea Nord (servidas a partir de Longyearbyen) produziram 1,6 milhões de toneladas.

Ensino e pesquisa

As atividades ligadas a pesquisa e ensino têm vindo a crescer de forma sustentada devido à excelente infraestrutura existente e ao investimento feito na cidade por um consórcio de universidades norueguesas.

Em 1993 foi criado o Universitetssenteret på Svalbard (Centro Universitário em Svalbard), conhecido por UNIS, um centro de excelência na investigação e ensino em matérias ligadas às regiões árticas, que tem atraído à cidade um número crescente de estudantes e investigadores. O centro é operado conjuntamente pelas 4 universidades norueguesas e fornece cursos nas áreas da geofísica, biologia e geologia árticas, e nas tecnologias associadas à vida no ambiente ártico. O UNIS ministra cursos de nível não graduado, bem como programas de mestrado e doutoramento. Presentemente é frequentado por 300 estudantes por ano, mas, com a construção de um novo Centro de Investigação, espera-se um aumento deste número. Os estudantes do UNIS vivem em Nybyen, um conjunto de 6 antigos dormitórios de mineiros que foram para tal renovados.

A investigação científica na cidade inclui a operação de um centro de investigação sobre a ionosfera e a magnetosfera, centrado em torno do radar pertencente ao projeto EISCAT, um centro dedicado ao estudo das auroras polares e um magnetómetro pertencente à cadeia de recetores do satélite IMAGE.

Turismo

A maioria dos turistas visita a cidade durante a primavera e o verão quando os longos dias polares permitem longas permanências no exterior e a visita às espetaculares paisagens dos fiordes da ilha. A primavera é muito popular pois Spitsbergen é dos poucos lugares na Escandinávia onde é possível conduzir um moto de neve sem licença. Contudo, por razões ambientais, não é possível aceder a todo o território da ilha, já que boa parte dele é ocupada por parques e reservas da natureza de acesso condicionado. De Fevereiro a Novembro, vários operadores turísticos oferecem vistas guiadas.

Longyearbyen é o povoado mais a norte acessível através de transporte público, já que existe um aeroporto comercial nos arredores da cidade, o Aeroporto de Svalbard. O aeroporto, situado a apenas 10 minutos por estrada do centro da cidade, movimentou 93.100 passageiros em 2004, mantendo voos regulares de e para Tromsø, na Noruega.

Referências

Ligações externas

  • «Imagens e informação sobre Longyearbyen» (em inglês) 
  • «Relato fotográfico de uma viagem a Longyearbyen no inverno» (em alemão) 
  • «História da fundação da Longyearbyen» (em inglês) 
  • Webcam em Longyearbyen.
  • «Notícias de Svalbard» (em norueguês) 
  • O Centro Universitário de Svalbard
  • The University Centre on Svalbard - serviços académicos.
  • «Operador turístico especializado em Spitsbergen» (em inglês) 
  • Wildlife Service Tour Operator
  • Página oficial do Governador (em norueguês e inglês).
  • «O aeroporto de Svalbard na página da Avinor» (em inglês e norueguês) 
  • (em inglês e francês) Fotos de Longyearbyen e Bjørndalen http://membres.lycos.fr/spitzberg/ Fotos de Longyearbyen e Bjørndalen 


Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Longyearbyen by Wikipedia (Historical)


Bandeira da Noruega


Bandeira da Noruega


A Bandeira Nacional da Noruega é formada por um fundo vermelho, cortado por uma cruz escandinava (figura que também está presente nas bandeiras de outros países da região) branca e azul.

Essas cores foram escolhidas para representar a democracia. Apesar disso, a mesma fonte afirma que as cores vermelho e branco fazem uma referência à bandeira dinamarquesa, assim como, provavelmente, o azul é uma referência à bandeira sueca e é o oposto da bandeira islandesa, que tem fundo azul e cruz vermelha.

História

A descrição original era de 1370 de cerca de um rei nórdico segurando as bandeiras da Dinamarca, Noruega e Suécia. A bandeira nacional e comerciante da Noruega (1844-1899), em união com a Noruega e Suécia, foi esta, conhecida como a "salada de arenque".

É difícil estabelecer o que a primeira bandeira da Noruega parecia. Durante os tempos antigos países não hasteavam bandeiras, apenas reis e governantes, especialmente no campo de batalha. Santo Olavo usou um emblema de uma serpente dentro de uma marca branca na Batalha de Nesjar. Antes disso, o corvo ou o dragão foi usado como emblema. Magnus, o Bom usado, usou a mesma marca que Santo Olavo. Harald Hardråde usou a bandeira com o emblema de corvo. Esta bandeira foi hasteada por vários chefes viking e outros governantes escandinavos durante os séculos nono, décimo e décimo primeiro. Inge utilizou um leão vermelho em ouro. Sverre usou uma águia em ouro e vermelho. A primeira bandeira conhecida que poderia ser descrita como uma bandeira nacional da Noruega é a usado hoje como o estandarte real. Eirik Magnusson usou uma bandeira descrita como um leão de ouro com machado e coroa em vermelho em 1280 e esta foi regularmente desde então a bandeira de Noruega e do Rei da Noruega.

A bandeira é baseada no brasão e era originalmente apenas uma bandeira para o governante da Noruega (como é hoje). Mais tarde, foi também usada em navios e fortalezas, até que foi gradualmente substituída durante os séculos XVII e XVIII. A sua primeira representação certa é sobre o selo de duquesa Ingebjørg em 1318. Por volta de 1500 tornou-se costume os navios usarem a bandeira de seu país de origem para identificar sua nacionalidade. Pelo menos tão tarde quanto 1698 a bandeira leão foi hasteada na Fortaleza de Akershus. O "leão norueguês" foi colocado nas cores de todos os regimentos da Noruega em 1641. Em 1748 um decreto declarou que o Dannebrog deve ser a bandeira comerciante legal.

Simbolismo

Fredrik Meltzer considerou que a bandeira deve usar uma cruz cristã, semelhante à de outras nações da Escandinávia (Dinamarca, Suécia, Finlândia e Islândia). Muitas nações livres haviam usado as cores vermelho, branco e azul nas suas bandeiras e, em seguida, estas cores foram utilizadas na bandeira norueguesa. Meltzer também levou em consideração as cores das bandeiras das nações vizinhas. Dinamarca tinha a vermelha, enquanto a Suécia, a azul e estas cores foram usadas.

Cores e proporções

As cores oficiais da bandeira são garantidas pelo sistema PMS (Pantone Matching System): 200 para o vermelho e 281 para o azul. Os valores aproximados em RGB são #BA0C2F para vermelho e #00205B para azul.

Referências

Ver também

  • Cruz Nórdica
  • Bandeira do Povo Sami


Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Bandeira da Noruega by Wikipedia (Historical)


Tratado de Svalbard


Tratado de Svalbard


O Tratado de Svalbard (em norueguês: Svalbardtraktaten) ou da Esvalbarda, assinado em Paris a 9 de fevereiro de 1920, é um tratado multilateral que reconhece a soberania da Noruega sobre o arquipélago de Svalbard e suas águas territoriais, mas garante que os nacionais de todos os Estados contratantes se beneficiem de igualdade de direitos no acesso aos recursos naturais da região (em especial à mineração do carvão). O Tratado permite à Noruega regular a exploração e tomar as medidas de protecção ambiental necessárias, mas impede qualquer discriminação positiva a favor dos seus nacionais ou de empresas norueguesas. O tratado proíbe a construção de qualquer tipo de fortificação militar ou base militar, bem como a utilização das ilhas para fins bélicos.

Enquadramento político e partes contratantes iniciais

A soberania sobre Svalbard foi mantida indefinida durante quase 300 anos, com nacionais de vários Estados a exercerem atividade económica e de exploração científica no território, com especial destaque para os interesses ligados à Noruega e à Rússia.

A questão agudizou-se quando se descobriu que a ilha de Spitsbergen era rica em carvão e em 1906 a empresa de capitais americanos Arctic Coal Company (ACC) pretendeu iniciar a exploração industrial. O povoado então fundado recebeu o nome de Longyearbyen, hoje a capital do arquipélago, em honra do norte-americano John Munroe Longyear, proprietário da ACC.

Em 1916, em plena Grande Guerra, a ACC vendeu a sua posição a interesses nórdicos e à companhia norueguesa (hoje estatal) Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S (SNSK), para além de outras duas empresas escandinavas e de uma neerlandesa, incrementou em muito a mineração, formando as primeiras colónias permanentes de dimensão apreciável no arquipélago.

Seguiram-se interesses russos, que também pretendiam acesso ao carvão da ilha, o que levou a uma crescente tensão em torno do domínio da ilha.

Terminada a guerra, as potências aliadas vencedoras resolveram apoiar as pretensões norueguesas, o que levou à assinatura em Paris (Sèvres), a 9 de Fevereiro de 1920, de um tratado que clarificasse estas matérias.

O Tratado de Svalbard foi inicialmente assinado entre a Noruega, os Estados Unidos da América, o Reino Unido (e domínios integrados no então Império Britânico), a França, o Canadá, a Austrália, a Dinamarca, a Itália, os Países Baixos, a Suécia e o Japão. A União Soviética aderiu em 1924 e a Alemanha em 1925. Hoje o Tratado tem mais de 40 signatários, entre os quais Portugal (que o ratificou a 24 de outubro de 1927).

O Tratado de Svalbard, apesar de reconhecer a soberania norueguesa sobre as ilhas, impõe como condição o direito dos cidadãos dos países signatários nelas se estabelecerem livremente para exploração dos seus recursos naturais, embora subordinados às leis promulgadas pela Noruega, que, contudo, não pode discriminar positivamente os seus cidadãos face aos dos restantes Estados signatários.

Os efeitos do Tratado

A internacionalização económica de Svalbard levou a que durante a maior parte do século XX a ilha de Spitsbergen tivesse entre os seus residentes mais cidadãos soviéticos que noruegueses, já que a União Soviética investiu fortemente na exploração do carvão através da empresa estatal Trust Arktikugol (Арктикуголь), a única que, a par da norueguesa Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S, ainda mantém actividade mineira na ilha. Esta empresa adquiriu em 1932 as minas neerlandesas de Barentsburg, cuja exploração ainda mantém.

As actuais minas russas tinham pertencido à Nederlandsche Spitsbergen Compagnie (Nespico) N.V., empresa que a partir de 1921, tinha explorado carvão num local que chamou Barentsburg em homenagem ao explorador polar neerlandês Willem Barents. Nos seus tempos áureos, por meados da década de 1920, a Nespico chegou a ter 500 trabalhadores na ilha.

Nos termos do Tratado, a partir de 1925 a Noruega assumiu a administração da ilha tendo, entre outras medidas, estabelecido normas de proteção ambiental que foram pioneiras na Europa. A administração está desde aquela data, com um interregno devido à ocupação alemã durante a II Guerra Mundial, entregue a um Governador nomeado pela Noruega.

Apesar de ser uma zona militarmente restrita, Spitsbergen está situada numa posição geoestratégica importante, pois controla o acesso aos portos russos de Murmansk e Arkhangelsk, os únicos onde a Rússia têm acesso irrestrito ao Atlântico.

Desencadeada a II Guerra Mundial, e ocupada a Noruega pela Alemanha, a atividade mineira foi suspensa e a ilha quase totalmente evacuada a 3 de Setembro de 1941. Mesmo assim, forças alemãs bombardearam Longyearbyen e Barentsburg em Setembro 1943 e Sveagruva no ano seguinte.

Terminada a guerra, a ilha passou a desempenhar um papel importante na Guerra Fria, com os seus mares a serem palco de frequentes incursões submarinas e aéreas.

Sendo a Noruega um membro da NATO, a convivência com a presença soviética em Svalbard foi complexa, até porque o número de cidadãos soviéticos era maior do que o de noruegueses e a autonomia de que gozam as diversas comunidades, e a sua autossuficiência, faziam de Pyramiden (Пирамида) e Barentsburg (Баренцбург), verdadeiros enclaves soviéticos sobre os quais a Noruega não exercia qualquer real poder.

Signatários

Esta é uma lista dos signatários do tratado até 2008, na qual as datas indicam quando o estado signatário ratificou o tratado, o que por vezes ocorreu muitos anos após alguma autoridade nacional o ter assinado primeiro:

Ver também

  • Governador de Svalbard
  • Noruega
  • Svalbard

Referências

Ligações externas

  • «Utenriksdepartementets traktatregister - Texto do Tratado e datas de adesão de todos os Estados signatários» (em norueguês) 
  • «Versão integral do Tratado de Svalbard» (em inglês) 
  • «A presença russa em Spitsbergen» (em inglês) 

Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Tratado de Svalbard by Wikipedia (Historical)


Svalbard e Jan Mayen


Svalbard e Jan Mayen



Svalbard e Jan Mayen ou Esvalbarda e Jan Mayen (em norueguês: Svalbard og Jan Mayen) é uma designação estatística definida pelo padrão ISO 3166-1 de duas partes da Noruega localizadas no Oceano Ártico sob jurisdições distintas: Svalbard e Jan Mayen. Enquanto os dois são combinados para efeitos da categoria ISO, não estão relacionados administrativamente.

Embora o arquipélago ártico de Svalbard esteja inteiramente sob soberania da Noruega tem um estatuto especial reconhecido pelo Tratado de Svalbard, resultando em certas obrigações e algumas diferenças de administração limitadas por acordos internacionais do governo norueguês. Por exemplo, Svalbard, não é coberta pelo Acordo de Schengen, que se aplica ao resto da Noruega (incluindo Jan Mayen). Imigrantes também podem trabalhar e viver em Svalbard sem um visto. Svalbard é administrada por um governador que responde perante o Ministro da Justiça da Noruega.

A remota ilha de Jan Mayen é um território integrado na Noruega, e não é atribuída a ela nenhuma das considerações estabelecidas a Svalbard. De 1930 a 1994, foi administrada pelo governador de Svalbard, e desde 1995 vem sendo administrada a partir do continente pelo governador do condado ds Nordlanda. Por isso, Jan Mayen não tem nenhuma ligação administrativa a Svalbard, estando separada por mais de mil quilômetros de distância.

Embora existam essas diferenças entre Svalbard e Jan Mayen, a ISO considera ambas um só órgão de acordo com a 3166-1, sendo uma preferência do Ministério da Noruega incluir Jan Mayen nesse sistema.

Como a classificação da ISO, a Divisão Estatística das Nações Unidas trata, em alguns casos, Svalbard e Jan Mayen de maneira independente, não incluindo, ambas, na seção geral "Noruega."

Por força do código ISO 3166-1 alfa-2 "SJ", Svalbard e Jan Mayen foram agrupadas e foi-lhes atribuído o código de país Internet domínio de topo (ccTLD) .sj. No entanto, os residentes das Ilhas Svalbard e os visitantes em Jan Mayen usam .no, ccTLD da Noruega, enquanto .sj permanece não usado.

Referências


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Aeroporto de Svalbard


Aeroporto de Svalbard


O Aeroporto de Svalbard (em norueguês: Svalbard lufthavn, Longyear e em inglês: Svalbard Airport; código IATA: LYR, código ICAO: ENSB) está localizado a 5 km a noroeste da cidade de Longyearbyen, na ilha de Spitsbergen, no arquipélago norueguês de Svalbard.

Referências

Ligações externas


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Horário da Europa Central


Horário da Europa Central


A Hora da Europa Central (em inglês: Central European Time, CET; em alemão: Mitteleuropäische Zeit, MEZ) equivale ao horário do Tempo Universal Coordenado mais uma hora (UTC+1).

É usada pelos seguintes países:

Ver também

  • Fuso horário

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